Na década de 50 a SUDENE cumpriu um papel importantíssimo em termos de políticas regionais no país. Ao longo do tempo, as políticas regionais foram perdendo importância nos governos de matriz neoliberal e, finalmente, sucumbiram no contexto das reformas administrativas que acompnhavam as diretrizes desses governos. O problema das desigualdades regionais, no entanto, persistem. Os indicadores de pobreza, de analfabetismo, de desemprego, violência insistem em apresentar números mais elevados em regiões como o Norte e o Nordeste do país.
Agora, no terceiro governo Lula, há indícios de que a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste estaria em processo de reestruturação, com novas diretrizes establecidas, novos cargo, verbas asseguradas e propósitos renovadas para voltar a cumprir seu antigo papel de agência de desenvolvimento regional, honrando os ideais do seu fundador, o economista paraibano Celso Furtado. SUDENE recriada, haveriam cargos, bons salários e verbas de investimentos em políticas públicas. Este parece ser o cenário que se apresenta para a autarquia hoje.
O arranjo político celebrado entre PT e o PSB local permitiu a viabilidade da indicação do nome do ex-candidato socialista ao Governo do Estado nas últimas eleições, Danilo Cabral, à presidência da autarquia. Neste caso, Danilo tem dois padrinhos políticos, o prefeito do Recife, João Campos, e o senaror Humberto Costa, que acabou levando a melhor na disputa com o Solidariedade, que pretendia a indicação da também ex-candidata Marília Arraes. A manobra política incluiu a abertura de espaço para o PT na Prefeitura Municipal, sendo cedido ao partido duas secretarias. A aproximação é tanta que já se especula que Danilo Cabral ingresse no PT.
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