Numa das fases do jogo, durante a campanha eleitoral, o candidato Lula se colocou de forma veementemente contra o orçamento secreto. Sem base de apoio congressual consistente, tendo que amealhar votos junto aos apoiadores do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, Lula acabou cedendo, sob intensa pressão. Nos últimos dias, o Governo sofreu duas derrotas na Câmara dos Deputados. O marco do saneamento básico do Governo foi derrotado por um projeto de lei aprovado por quase trezenros parlamentares e o PL das fake news foi retirada da pauta de votação.
Ainda existem alguns nacos de poder a serem ocupados na burocracia da máquina e é nesses cargos que alguns parlamentares também estão de olho. Em seu reduto, o Estado de Alagoas, a estrututa de poder mantida pela família Lira permanece intocada e, possivelmente, não será alterada. Instituições federais na terra dos marechais estão sob o controle do bolsonarismo e até mais seguros nos seus cargos do que a companheirada. Diante de tais circunstâncias, Lula mandou liberar 9 bilhões em emendas parlamentares que estavam retidas, ainda concedidas pelo Governo Bolsonaro. É o jogo bruto da realpolitik, meu filho.
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