pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Afinal, os "kids pretos" participaram ou não das tessituras e tentativa de golpe do 08 de janeiro?
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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Editorial: Afinal, os "kids pretos" participaram ou não das tessituras e tentativa de golpe do 08 de janeiro?



Há, ainda, algumas controvérsias em torno de uma eventual participação de membros das forças especiais do Exército, também conhecidos como "Kids pretos", na frustrada tentativa de golpe do 08 de janeiro. A revista Piauí aprofundou tal questão numa longa matéria, onde há relatos até de especialistas na área, identificando no ataque à séde dos Três Poderes, em Brasília, as digitais de atuação desse agrupamento de forças especiais, como as ações coordenadas, derrubada dos gradis e a utilização dos mesmos para escalar as rampas, assim como o uso de luvas especiais para dissipar as bombas de gás. 

Tudo meticulosamente pensado, sugerindo que o grupo havia recebido as instruções devidas. Depois ocorreram outros episódios que se somariam a este, como o ataque aos veículos estacionados, por ocasião da tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal, em Brasília, assim como a derrubada de torres de transmissão logo em seguida às depredações de prédios públicos do 08 de janeiro. Como pano de fundo, que neste caso não é cueca, a revista examina a formaçáo dos militares que se assenhoaram do ex-presidente Jair Bolsonaro, quase todos eles oriundos dessa tropa de elite do Exército. 

O próprio ex-presidente seria um "Kids Pretos" frustrado. tentou duas vezes entrar na tropa, não sendo bem-sucedido. Com o avanço das investigações sobre a responsabilização de militares envolvidos na trama golpista, agora chega uma informação que pode ser decisiva. Um militar que comandou essas tropas, ouvido pela Polícia Federal, teria informado que recebeu a recomendação do então comandante do Exército à época para uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro. Tal comandante ficaria com a incumbência de prender o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O termo "recomendação" não se coaduna com o vocabulário da caserna. O mais apropriado seria "ordem". Nas narrativas até agora vazadas sobre a intentona golpista, realmente, tais fatos se encaixam no script. Existe um agrupamento militar sediado em Goiás que seria o responsável pelas ações militares mais efetivas, ou seja, ficaria encarregado de cumprir as missões mais espinhosas, de cunho estritamente militar. Seria um grupo operacional que daria suporte ao núcleo "político" do golpe. Vamos aguardar as conclusões da Polícia Federal, que nos parecem bem próxima de concluir as investigações.  

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