Por incrível que possa parecer, o MDB - ou mais precisamente alas majoritárias da legenda - tem sido um dos partidos mais leais ao Governo. Nos escaninhos da política, sugere-se que eles trabalhem com a hipótese de indicação do nome da atual Ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao cargo de vice. Simone alimenta boas perspectivas em torno do assunto, sobretudo em razão das suas aspirações presidenciais. Nas últimas eleições, tentou emplacar, com relativo sucesso, uma candidatura alternativa à polarização renitente entre Lula e Jair Bolsonaro.
O MDB, no entanto, é um partido onde a construção de consensos em torno deste assunto também se torna algo bastante complicado, em razão das dificuldades de conciliar os inúmeros interesses das federações de oligarquias estaduais que integram a legenda. Essas oligarquias estaduais, nas eleições passadas, por exemplo, não endossaram o nome de Simone Tebet como candidata do partido à presidência da República. Sequer compareceram ao evento que homologou a sua candidatura.
Não há razões aqui para uma eventual rusga entre as duas legendas, tampouco alguma adomestação. Trata-se apenas de um desconforto no plano nacional. No plano municipal, no entanto, o prefeito deve ter calculado bem as consequências positivas e negativas do seu ato. Sabe que isso será bastante explorado pelos adversários durante a campanha, mas sabe, igualmente, que o capital político do capitão continua inalterado desde as últimas eleições.
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