Os dois fugitivos do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, já estão há onze dias em algum lugar desconhecido, segundo suspeita-se, ainda no entorno do presídio, naquilo que já se configura numa verdadeira caçada humana, envolvendo 500 policiais de forças estaduais e federais mobilizados na recaptura. No dia de ontem, a polícia informou que prendeu três suspeitos de terem participado na ajuda aos dois prisioneiros que fugiram do presídio. Por enquanto ainda nada confirmado, mas as prisões ampliam as possibilidades de uma eventual confirmação da hipótese de facilitação de dentro e de fora da unidade prisional. Por enquanto, os detidos teriam ajudado os fugitivos já emprendendo a fuga, de fora do presídio.
Como se sabe, talvez como medida preventiva, a Corregedoria do Sistema Carcerário, possivelmente um órgão vinculado ao Ministério da Justiça, já teria afastado de suas funções os agentes envolvidos com a segurança e a inteligência do presídio, como medida preventiva, embora nada tenha se confirmado, ainda, sobre a participação de algum agente na facilitação da fuga. No dia de ontem, também surgiu um laranja, residente na periferia de Brasília, cidadão paupérrimo, que chegou a receber o auxílio Covid-19, "dono" de uma empresa com capital de milhões de reais, que teria vencido uma licitação para a realização de obras no presídio em 2022.
A cada dia surge uma novidade inusitada por aqui. Os presos que escaparam do presídio seriam "executores" da Facção Comando Vermelho. Pois bem. Os "executores" estão ameaçados de serem executados pela facção, depois de acusados por traição. Uma questão que precisa ser respondida, com argumentos bastante consistentes, é como um presídio de segurança máxima chegou a este estágio de não oferecer as condições mínimas para tal adjetivação. Os equívocos são inúmeros, a começar pelo projeto de edificação, que apresentou diversas falhas, como a ausência de um muro no entorno, assim como paredes de alvenaria que poderiam vulneráveis às patolas de caranguejo.
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