Algumas experiências podem, realmente, produzir mudanças comportamentais inusitadas na vida de alguns cidadãos. Até recentemente, fizemos uma postagem por aqui onde falávamos sobre o silêncio obsequioso adotado pelo presidente do maior partido oposição do país, Valdemar da Costa Neto. Quando o indivíduo concede entrevistas abertas ou fala de improviso, acaba, inevitavelmente cometendo alguns equívocos, deslizes ou algumas destemperanças, movido pela temperatura do ambiente. Até recentemente, uma autoridade apontou o feriado de carnaval como uma das possíveis causas do relaxamanto da vigilância num dos presídios de segurança máxima no país, o que poderia de contribuído para facilitar a vida dos dois detentos que fugiram do local.O carnaval não tem nada a ver com isso, uma vez que à vigilância não é dado este direito de baixar a guarda durante os feriados. O presídio, inclusive, conta com quatro policiais penais para cada preso que cumpre pena ali. Uma situação privilegiado no contexto do sistema carcerário brasileiro.
O próprio Valdemar, numa dessas entrevistas ao vivo - salvo melhor juízo concedida à Globo News, há alguns meses atrás - acabou cometendo uma dessas gafes. Em dúbio, pro silêncio. O mesmo se aplica ao presidente Jair Bolsonaro, ao convocar uma manifestação pública, num momento de grave crise e instabilidade institucional, sem ter um controle efetivo sobre para onde tal mobilização possa descampar. Conforme já comentamos por aqui, a proposta de que os que comparecerem não portem cartazes ou faixas alusivas a alguns desses temas nevrálgicos, nem Deus sabe se tal recomendação será acatada.
Tal manifestação não vem num bom momento, com todas as autoridades públicas de olhos bem abertos, suscetíveis a qualquer ocorrência que possa ser um agravante da situaçao já complicada do capitão. Temendo futuras encrencas, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto determinou que nenhum diretório regional da legenda financie alguma caravana para o encontro com dinheiro do fundo partidário. E, por falar em financiamento, um conhecido pastor bolsonarista tratou logo de esclarecer que irá custear do próprio bolso as caravanas organizadas por ele.
O encontro acontece no próximo domingo, 25, na Paulista. O melhor seria que tal mobilização não ocorresse, evitando, assim, colocar mais lenha na fogueira da polarização que tomou conta do país. Este, no entanto, não é o mesmo raciocínio dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Neste caso, vamos torcer que a manifestação ocorra dentro de um clima pacífico, sem registro de anormalidades.
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