Primeiro, convém esclarecer a razão pela qual a Polícia Federal bateu a porta da séde do PL, em Brasília, com um mandado de busca e apreensão. No contexto da Operação Tempos Varitatis, (Hora da Verdade, em bom Latim), desencadeada com o propósito de identificar as tessituras da trama de um eventual golpe de Estado, a séde do PL poderia ter sido utilizada como um local que reuniu alguns conspiradores que atentariam em favor da abolição do Estado Democrático de Direito no país. Neste caso, havia, sim, uma implicação do presidente nacional do maior partido de oposição do país, o PL.
Em princípio, porém, ele não seria detido. A prisão ocorreu em razao de uns lances furtuitos, como o porte irregular de uma arma de fogo com registro vencido, que pertenceria a um dos seus filhos, assim como o achado de uma pepita de ouro, estimada em R$ 12.000,00 mil reais, que, segundo o próprio Valdemar, teria sido doada por um amigo. A procedência dessa pepita cria alguns embaraços jurídicos complicados, o que levou o juiz que participou da audiência de custódia a manter a sua prisão.
Como se sabe, logo em seguida, a prisão foi revogada pela Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que deve ter considerado os argumentos da PGR, que alegou ausência de atos violentos e a avançada idade do réu. Valdemar da Costa Neto é uma pessoa que costuma falar. Afinal, pilota a direção do maior partido de oposição ao Governo Lula. Em sua entrevistas é uma pessoa bastante espontânea, o que, em alguns casos, não se recomenda muito bem, pois, nessas ocasiões, alguns deslizes verbais podem escapar.
Pelo sim, pelo não, possivelmente atendendo aos seus advogados, Valdemar da Costa Neto adotou o silêncio obsequioso depois que saiu da prisão. Entrou no modo: Nada a declarar. Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém, como diria nossos avós. A canja entre até nos restritos cardápios dos hospitais. A principal personalidade da legenda, o ex-presidente Jair Bolsonaro, parece-nos que não irá seguir o mesmo caminho. O capitão está convocando os apoiadores para uma mobilização na Av. Paulista, para o próximo dia 25 de fevereiro. O próprio ex-presidente faz a recomendação para que os participantes não portem cartazes, mas há como controlar isso?
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