pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Bolsonaristas raízes marcam presença na Paulista.
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sábado, 17 de fevereiro de 2024

Editorial: Bolsonaristas raízes marcam presença na Paulista.


A princípio reticentes, os políticos mais identificados com o bolsonarismo estão confirmando presença no encontro da Paulista, no próximo dia 25. Já confirmaram presensa o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Por razões óbvias, todas eles tentam evitar a contaminação tóxica do bolsonarismo mais radical. Por outro lado, embora encrencado até a medula, Bolsonaro tornou-se um capitão eleitoral indispensável para alguns desses atores, todos com aspirações políticas para as próximas eleições. 

Pilotando um Estado com os melhores índices de segurança pública e com uma gestão muito bem avaliada pela população, Ronadlo Caiado não esconde de ninguém que almeja um dia sentar-se na cadeira do Palácio do Planalto. Tarcísio de Freitas já nos convenceu que realmente deseja renovar o cotrato de locação com o Palácio Bandeirante em 2026. Há aspirações presidenciais, naturalmente, mas tudo a seu tempo, ou seja, somente em 2030, quando teria que bater de frente com o nome ungido pelo morubixaba petista para sucedê-lo. 

Quem está mais próximo da linha de fogo mesmo é o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que disputa a reeleição, inclusive com um vice polêmico indicado por Jair Bolsonaro, Mello Araújo, um militar que ja comandou a Rota, a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo. Existem outros nomes que estão postos para concorrer como vice na chapa encabeçada pelo prefeito, mas é quase certo que Bolsonaro consiga implacar seu afilhado. Militarista, Mello já fez algumas declarações polêmicas, que, certamente, serão exploradas durante a campanha. 

O país enfrenta uma crise institucional terrível. Em momentos assim, a bem do tecido republicano e democrático, o melhor a fazer pelos atores relevantes é atuarem como bombeiros e não como incendiários. É preciso baixar as armas e construir as pontes de uma conciliação mínima, com regras de convivência civilizadas. É neste sentido que, convocações como esta proposta pelo ex-presidente Bolsonaro, longe de diminuir a temperatura, pode nos conduzir a um ponto de ebulição que não seria o desejável.   

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