Detentor de grande capilaridade junto às forças conservadoras do país, o ex-presidente Michel Temer, antes do ato na Av. Paulista no dia de ontem, segundo alguns órgãos de imprensa, assegurou aos membros do STF que não haveria ataques à Suprema Corte. Temer é um dos padrinhos do projeto de reeleição do prefeito Ricardo Nunes(MDB-SP), em São Paulo. O ex-presidente, aliás, está no time escalado para defender o atual prefeito dos ataques dos adversários, mantendo-o distante da linha de fogo, evitando, assim, declarações controversas ou exposições desnecessárias, que poderiam trazer algumas implicações na campanha.
Michel Temer tem uma relação próxima ao Ministro Alexandre de Moraes, pois foi ele quem o indicou para a Suprema Corte, depois de passar pelo Ministério da Justiça. Em outra ocasião, Temer já atuou como bombeiro para aparar as arestas das críticas do ex-presidente Bolsonaro à Suprema Corte. Embora estejamos tratando aqui de uma manisfetação bastante moderada para os padrões bolsonaristas, a manifestação da Paulista, aos poucos, de acordo com juristas, começa a expor algumas situações passíveis de uma reflexão.
As declarações do ex-presidente sobre o tal documento que trata do Estado de Sítio, por exemplo, assim como a presença do Presidente Nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, que, em tese, estaria proibido de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Costa Neto, possivelmente, deve ter consultado seus advogados sobre o assunto, antes de assumir o risco de comparecer ao evento. Nos escaninhos da política, existe a informação de que os implicados nas investigações do 08 de janeiro estão estabelecendo uma escala de trabalho onde tais encontros sejam evitados.
Depois da refrega produzida pela última prisão, é mais sensato supor que o Presidente do PL tenha tomado as precauções necessárias para evitar eventuais problemas. Pelo menos é o que se supõe.
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