pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Existe a possibilidade do tenente-coronel Mauro Cid ter ocultado algumas informações importantes.
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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Editorial: Existe a possibilidade do tenente-coronel Mauro Cid ter ocultado algumas informações importantes.



A Polícia Federal tem sido bastante bem-sucedida nessas operações de buscas e apreensões, no curso das investigações sobre a trama golpista que culminou no badernaço contra a sede dos Três Poderes da República no último dia 08 de janeiro.  Não raro, encontra algo mais do que estava previsto. Hoje circulou a notícia de que, em tais operações, eles estão chegando à conclusões de que a delação do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, em seu depoimente, possa ter ocultado algumas informações importantes, o que põe sob risco o acordo de colaboração premiada, que prevê alguns benefícios para o réu. 

A essa altura do campeonato, caso se confirma uma ocultação deliberada de informações, há de se perguntar o que ou quem Mauro Cid poderia está tentando proteger. Segundo divulgaram alguns órgãos de imprensa, se ficar realmente constatado que ele deixou de mencionar alguns fatos importantes, a colaboração premiada poderia ser revista pela Polícia Federal. Hoje se sabe que o militar não era um simples ajudante de ordens ou era um ajudante de ordens com alguma atipicidade. Outro fato inegável é que ele sabia muita coisa sobre os estertores da Presidência da República, então sob o comando de Jair Bolsonaro. 

Há envolvimento dele com as supostas irregularidades com o cartão de vacinação, com a "tramitação" igualmente nebulosa das jóias das arábias, entre outros problemas. Com relativo apoio popular e cercado de militares "sensíveis" às investidas autoritárias, não há porque se surpreender que o governante de turno almejasse, quem sabe, algo do que Nayib Nukebe fez em El Salvador, abortando o Congresso, destituindo membros do judiciário e adotando medidas drásticas e usurpadoras dos direitos humanos - mas populares - contra a criminalidade no país. Aliás, não deve ser sem motivos que o presidente de El Salvador, recentemente reeleito, tornou-se um dos queridinhos dos bolsonaristas radicais no país, que festejaram sua vitória. 

Soubemos recentemente que o MBL, que deseja tornar-se um partido político, cujo principal representante no país é o Deputado Federal Kim Kataguiri(UB-SP), que será candidato a prefeito de São Paulo nas próximas eleições municipais, enviou emissários para a acompanhar as recentes eleições presidenciais naquele país. Não se trata de uma candidatura ainda consolidada, embora o projeto conte com o aval de caciques da legenda, como é o caso do neto de Antônio Carlos Magalhães, ACM Neto. No contexto da política local, os principais integrantes da legenda preferiam compor a grande frente que o atual prefeito Ricardo Nunes está formando, de olho na reeleição.      

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