Há, portanto, uma falha estrutural de projeto de construção, não se sabendo se prevista na licitação ou decorrentes de irregularidades na edicação do presídio. Surpreendentemente, mais das 192 câmaras existenres no presídio, 124 não funcionavam, o que facilitou enormemente o trabalho de fuga dos presos. Já comentamos por aqui que um jornal potiguar, alguns meses antes, havia publicado uma matéria onde o assunto era abordado, concluindo pela falta de segurança num presídio de segurança máxima. Com essas facilidades de comunicação, não seria improvável que os fujões tenham sido avisados sobre essa precariedade do sistema.
Não se pode dizer que as providências não estejam sendo tomadas. Apenas com um detalhe crucial: depois das luminárias arrombadas. Mais 100 homens da Guarda Nacional estão sendo mobilizados na captura aos fugitivos. Com mais este reforço, já chega a 400 o contingente de policiais utilizados com tal finalidade. Talvez inspirados nessa fuga espetacular, no dia de ontem, 18 presos fugiram de carceragem no Estado do Ceará. 17 deles apenas num dos presídios, tratando-se aqui de uma fuga em massa.
A admissibilidade sobre a necessidade de construção de muralhas no entorno dessas unidades prisionais, por outro, sugere que, de fato, ocorreram algumas falhas estruturais em sua edificação. Observem que esta foi uma das primeiras observações do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Pelo pouco tempo que ele havia assumido o cargo, sugere-se que algum assessor o tenha alertado para o problema. Por enquanto, os presos ainda estão foragidos e deixando pistas sobre a sua rota de fuga. Tais descuidos só se entende no sentido de "despistar" a tropa que está em seu incalço.
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