Segundo a coluna do jornalista Cláudio Humberto - sempre bastante inteirada sobre o que ocorre nos bastidores da política em Brasília - antes mesmo desta última viagem do presidente Lula ao continente africano, teria ficado ajustado que o atual Ministro da Casa Civil, Rui Costa, pode assumir a função de articulador politico do Palácio do Planalto junto ao Congresso. Por "ajustado" leia-se aqui a vaselina política empregada para aparar as arestas entre o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o atual Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Oficialmente, nada foi divulgado até este momento, sendo, portanto, prematuro fazer alguma conjuntura, por exemplo, se, mesmo na Casa Civil Rui Costa assume tais funções, assim como especular sobre o destino de Alexandre Padilha. Como se sabe, ambos são do núcleo duro do entorno do presidente Lula. Curiosamente bem assimilado pelo Presidente da Câmara, a designação do nome de Rui Costa para assumir tal função encontraria resistência dentro das próprias hostes petistas.
Nome que se projeta, num ciclo restrito, para assumir a condição de ungido pelo morubixaba petista para sucedê-lo a partir de 2030, seria até natural essa ciumeira interna. Na realidade, Rui Costa, pelas contingências do cargo que ocupa, de alguma forma, já vinha estabelecendo essas interlocuções com o Poder Legislativo. Voltamos a insistir que os entraves entre os Poderes Executivo e o Poder Legislativo não se resolverão apenas com a troca do nome dos interlocutores. São Problemas bem mais complexos.
Lira trabalha incansavelmente para fazer seu sucessor na Câmara dos Deputados. Existem outros nomes na disputa e o Governo trabalha com a hipótese de apoiá-los. Muitos dos pleitos de Lira, hoje, dizem respeito exatamente em atender às demandas que possam favorecer o projeto de fazer seu sucessor, preservando seus nacos de pode na Casa. Contraditorialmente, com a faca no pescoço em nome dessa tal governabilidade, o Governo acaba cedendo nesses pleitos, fortalecendo o adversário.
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