pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Bolsonaro abandona a "tropa" pelo caminho.
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terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Editorial: Bolsonaro abandona a "tropa" pelo caminho.



Todos os apelos, inclusive dos familiares, para que o ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cid expusesse tudo que sabia veio como decorrência de um evidente "abandono" do militar no que concerne a um monte de encrencas em que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava sendo acusado. Aqui estamos falando desde o rolo das bijuterias das arábias até às tessituras contra o Estado Democrático de Direito. Os próprios familiares do militar sugeriram que ele falasse, evitando, assim, um comprometimento maior de sua pessoa. 

Aluno brilhante da academia militar, outro dia um jornalista estava observando que o militar foi um dos poucos a terem a permissão das Forças Armadas para comparecer fardado às audiências da CPMI do Golpe da Câmara dos Deputados e à CPI do Golpe da Câmara Distrital. Nem alguns generais ouvidos nas audiências tiveram essa prerrogativa. Em comentário recente no Portal UOL, o jornalista Josias de Souza faz remissão à tropa de choque de bolsonaristas raízes que foram ficando pelo caminho, abandonados pelo capitão. 

O último deles talvez seja o general Augusto Heleno, depois de sua fala naquele vídeo polêmico, onde sugere que plantou agentes infiltrados junto aos adversários do ex-presidente. Quando faz referência ao assunto, o ex-presidente Bolsonaro só falta dizer que isso é problema dele. Que ele, Bolsanaro, se informava de outra maneira, através dos correligionários que residiam nos locais onde pretendia cumprir alguma missão oficial ou extra-oficial. Bolsonaro sempre sugere que tinha sua própria rede de informações. 

O jornalista toma o cuidado de enumerar os nomes daqueles que ficaram para trás, literalmente abandonados. A lista é grande. No final, faz a advertência de que tal atitude tem suas consequências. De fato, sim. Quando já havia entrado na "frigideira" Gustavo Bebianno, um bolsonarista raiz, durante uma entrevista ao Programa Roda Viva, da TV Cultura, foi quem primeiro mencionou a hipótese de uma ABIN paralela. A delação de Mauro Cid, produziu um verdadeiro tsunami político nas hostes do bolsonarismo.   

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