As discussões em torno dos presídios de segurança máxima continuam. No dia de ontem, discutimos por aqui uma informação que poderia suscitar algo que seria um grave problema do sistema carcerário brasileiro, ou seja, a proporção insuficiente de guardas ou agentes penais atuando nesses presídios, quando se toma como referência o número de apenados cumprindo pena. Causou uma certa inquietação neste editor uma das providências anunciadas pelo Ministério da Justiça no sentido de convocar novos agentes, possivelmente já aprovados em concurso, que aguardavam a nomeação. Alguns deles iriam atuar justamente em Mossoró, onde se deu a primeira fuga de presos de uma penitenciária de segurança máxima no país.
A princípio, se poderia supor que um dos problemas do presídio seria o número insuficiente de agentes trabalhando naquela penitenciária federal. Hoje, no entanto, chega a informação de que, na realidade, haveriam 04 agentes para cada apenado que cumpre pena no presídío de Mossoró. Um número privilegiado, quando comparado ao grosso do nosso sistema carcerário. Segundo a resolução numero um de 2009, do Conselho Nacional de Políticas Criminal e Penitenciária, a proporção desejável é de um agente para cada cinco presos.
O problema do presídio de Mossoró, portanto, não tem relação com essa proporção, por sinal muito mais do qua atendida. Existem outros fatos polêmicos. Alega-se, por exemplo, algumas falhas estruturais na construção da unidade, que não comportava um muro e as abertura para a instalação das luminárias, por onde os presos poderiam ter passado. Há de se perguntar com que objeto, dentro da cela, eles poderiam ter alcançado o teto? Como ambos teriam combinado entre si, se ambos estavam em celas separadas? Apenas a título de brincadeira para encerrarmos a postagem: Haveria alguma umidade nesta área e, aliado a isso, em algum momento, haveriam servido alguma patola de caranguejo durante as refeições?
As buscas pelos fugitivos continuam, por enquanto no perímetro rural da cidade de Mossoró. Calcula-se que trezentos homens estejam mobilizados na recaptura dos prisioneiros. Um aparato impressionante está sendo utilizado, além dos recursos humanos. Uma verdadeira operação de guerra. Os prisioneiros já foram vistos em diversos locais, mas, por razões óbvias, não e pode confiar nessas informações. Aqui em Pernambuco, depois de uma onda de boataria, a população passou a ver até perna cabeluda.
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