pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Ainda a repercussão sobre a conspiração golpista no país.
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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Editorial: Ainda a repercussão sobre a conspiração golpista no país.



Os jornais de hoje disponibilizam informações mais detalhadas sobre a megaoperação da Polícia Federal, no dia de ontem,08\02, com o propósito de cumprir mandados de busca e apreensão, além da prisão de civis e militares envolvidos nas tessituras golpistas que culminaram com as mobilizações do 08 de janeiro, com ataques à sede dos Três Poderes. Houve, sim, uma tantativa de abolição do Estado Democrático de Direito no país. As provas arroladas são de uma robustês impressionante, com a confecção de documentos que embasariam tais ações, mobilizações de atores militares, os alvos visados, como o Ministro Alexandre de Moraes, que seria preso e, em última análise até enforcado em Brasília. 

Nas duas entrevistas concedidas até recentemente, uma para a revista Veja e outra oa jornal O Globo, em certo momento é perceptível o abalo do ministro ao relatar o que ele descobriu sobre o que estava sendo tramado contra ele pelos golpistas. Haviam comandantes militares favoráveis ao golpe, que aceitaram a proposta na primeira sondagem. O entorno militar do ex-presidente foi escolhido rigorosamente consoante o critério de que não se oporiam a tal proposta conspiratória contra o Estado Democrático de Direito.   

Neste entorno do presidente existiam militares de perfil golpista, que estiveram servindo ao golpistas desde 1964. Como dizemos por aqui, em tom de brincadeira, mas tratando de tema sério, eles eram ligados à velha guarda da mangueira golpista. Num país com as nossas características históricas, sempre teremos militares favoráveis às aventuras de sublevão da ordem democrática. A simples assimilação de um Ministro da Defesa civil se constitui numa espinha travada na garganta dos militares até hoje. Os militares legalistas chegaram a ser tratados como cagões pelos golpistas. 

As decisões tomadas pelo STF e cumpridas pela Polícia Federal seguem uma lógica de defesa de nossas instituições democráticas e estão legalmentne amparadas pelo código penal. No caso de golpe de Estado, mesmo que tal golpe não tenha sido concretizado, pune-se com o mesmo rigor a conspiração. Essa turma está rigorosamente encrencada. É curioso observar alguns jornalistas identificados com o bolsonarismo fazendo comparativos com o que ocorreu no país em 1964. Por razões que saltam a obviedade, são situações distintas. Naquela época quem dava o sinal verde para tais manobras contra os governos democráticos e legalmente constituídos era um tal de Tio Sam, dentro do contexto da Guerra Fria. 

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