Uma fala de Lula na Etiópia provocou uma crise diplomágica entre o Brasil e o Estado de Israel. A depender do lugar de fala, há coisas que não se dizem, há coisas que se dizem por baixo, há coisas que se dizem por cima. Pessoalmente, Lula poderia ter o seu posicionmento com relação ao que ocorre na Faixa de Gaza, onde já morreram 30 mil pessoas, na sua maioria civis inocentes, numa caçada do estado judeu aos integrantes do grupo Hamas. Se pronunciar como Chefe de Estado, no entanto, em encontros internacionais, mesmo que de improviso, tem suas implicações diplomáticas.
Na realidade a fala do presidente Lula provocou uma crise diplomática entre os dois países. Em pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o presidente brasileiro havia cruzada o linha vermelha. O embaixador do país em Tel Aviv foi convidado para uma conversa com o Governo de Israel, emblematicamente, marcada para o Museu do Holocausto. Há quem sugira que o líder petista anda um pouco descalibrado em suas falas.
Durante essa última viagem, tomando as precauções que se impõe, por ocasião das cerimônias oficias, o presidente brasileiro leu o discurso preparado por sua assessoria. Neste caso específico, pode ser encontrada as digitais do seu assessor para assuntos internacionais, o Celso Amorim. O Governo Brasileiro, através do Ministério das Relações Internacionais, por enquanto, já informou que não se pronunciará sobre o assunto. Talvez aguardem a ademoestação do Governo de Israel ao embaixador do Brasil naquele país.
No Brasil, o episódio caiu como uma luva para os críticos do Governo Lula. Horas de programação são dedicadas à sua malhação, ouvindo sempre atores que se contrapõem à sua fala. O país não passa por um momento de estabilidade institucional e fatos dessa natureza apenas alimentam as chamas da discórdia. Essa questão de comunicação está tão complicada que Lula acabou se pronunciando, durante uma entrevista, sobre a fuga dos prisioneiros do Presídio de Mossoró, sugerindo haver uma eventual facilitação. Seu ministro discorda.
P.S.: do Contexto Político: Na realidade, segundo algumas versões que circulam na imprensa, o presidente Lula teria feito essa declaração polêmica sobre o Estado de Israel num momento em que falava de improviso, sem as anotações preparada por sua assessoria. Uma espécie de deslize ou escorregão verbal. As eventuais digitais de Celso Amorim, portanto, devem ser observadas durante sua fala cerimonial, quando leu o discurso preparado pelos assessores e não ao cometer o escorregão. Aliás, o discurso lido foi impecável.
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