A maior parte das matérias e artigos que li sobre o assunto, refere-se ao episódio como um crime de natureza política, bastante tipificado. Refiro-me, aqui, naturalmente, ao crime que vitimou o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, no momento em que comemorava com a família o seu aniversário de 50 anos. O crime foi cometido por um bolsonarista convicto, o policial federal penal, Jorge Garanhos, que também foi atingido e se encontra em estado grave no hospital.
O resultado do inquérito policial, conduzido pela Polícia Civil do Estado do Paraná, conclui por um crime duplamente qualificado, por motivo torpe. Segundo a autoridade policial, não haveria elementos para qualificá-lo como um crime político, embora tais conclusões estejam causando bastante polêmicas no meio político. Nem mesmo os advogados da família de Marcelo Arruda ficaram satisfeito com o resultado do inquérito, argumetando que talvez tenha havido um certo açodamento na sua conclusão.
Ontem, um determinado veículo de comunicação trouxe uma matéria tratando do assunto, onde o articulista teve acesso a um depoimento do inquérito, com a oitiva de uma vigilante, onde a mesma confirma que Jorge Garanhos, de arma em punho e disparando contra Marcelo, gritava "Aqui é Bolsonaro". Com todo no nosso respeito ao trabalho da Polícia Civil do Estado do Paraná, fica cada vez mais difícil a sustentação da tese de que não se tratou de um crime político.
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