Os institutos de pesquisa parecem ter combinado entre si para divulgarem suas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República no dia de hoje. Pelo menos três institutos divulgaram os resultados dos seus levantamentos junto ao eleitorado, todos colhidos no contexto do conjunto de medidas adotadas pelo Planalto para estancar a sangria do candidato Jair Bolsonaro e torná-lo mais assimilável ao eleitorado. Não apenas os números apresentados, mas o comportamento do eleitorado - observado nas entrelinhas - pode significar que tais medidas começam a surtir efeito, conforme afirmamos durante nossa avaliação dos dados do Instituto Quaest\Genial.
Os números frios dos demais institutos - o Paraná Pesquisas e o DataPoder - seriam ainda mais alvissareiros para os assessores políticos do presidente Jair Bolsonaro, uma vez que convergem entre si, ou seja,um instituto não desmente o outro. Como três institutos apresentam dados convergentes, é possível concluir por uma ligeira reação do presidente Jair Bolsonaro nesta fase da campanha. Como há, igualmente, convergências de datas, seria prudente ficar no aguardo das próximas pesquisas, com outros intervalos de tempo, para concluir sobre alguma "tendência".
A essa altura do campeonato, o staff de campanha de Lula também deve estar debruçado sobre esses números, avaliando os possíveis "estragos" produzidos por essa PEC da Bondade, há menos de três meses das eleições de outubro. E, por falar na PEC da Bondade, há uma percepção, observada por um dos institutos, de que a imagem de Bolsonaro começa a melhorar junto aos beneficiários do programa Auxílio Brasil. O governo resolveu aumentar o seu valor, sem se aprofundar sobre o que, de fato, estava ocorrendo com os beneficiários, mas, nesses tempos bicudos de fome, miséria e inflação em alta, parece que vem surtindo os efeitos esperados pelo Planalto e temidos pela oposição.
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