Os números ainda são modestos, mas já demonstram que o eleitorado está menos preconceituoso e mais simpático a esses grêmios partidários. Se não se cuidarem, logo logo eles caem dentro da "bacia semântica" da institucionalização. Até recentemente, o PCO foi punido pelo STF por eventual pregação antidemocrática. O PSTU teve sua origem numa ala do PT - a Convergência Socialista - que chegou a ser expulsa do partido por não mais convergir para a luta institucional que passou a ser adotada pelo partido.
Faz sentido, por exemplo, uma fala do ex-governador Jaques Wagner, do PT baiano, ao afirmar que, se Lula for eleito, não fará um governo do PT. Aliás, para ser mais preciso, um governo genuinamente do PT nunca foi feito no país. Basta observar as inúmeras reformas abortadas durante os Governos da Coalizão Petista, a despeito dos avanços conquistado no campo social e do reconhecimento dos direitos de minorias. A contingência de se aproximar cada vez mais do centro para viabilizar-se eleitoralmente é um outro indicativo.
Essas considerações vem a propósito de um debate, motivado pela morte do militante petista Marcelo Arruda, sobre extremismo. Longe de o PT representar esse extremismo. Agora, por outro lado, sim, há indícios claros de grupos que estão se formando no país que flertam com o ideário da ultra-direita de orientação fascista. Eles nunca cresceram tanto no país, possivelmente na esteira dessa "onda" de direita a que fomos submetidos em escala global.
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