Mesmo ferido, Marcelo Arruda, que também era guarda municipal, sacou sua arma funcional e atirou diversas vezes contra o agressor, que acabou ferido em estado grave. Neste clima político nada amistoso que estamos vivendo, o crime tornou-se um cabo de guerra entre petistas e bolsonaristas. Dirigentes petistas chegaram a pedir a federalização do crime, o que foi negado pela Justiça, determinando que as investigações ficassem mesmo circunscrita à Polícia Civil do Estado do Paraná. A Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, chegou a ir ao velório de Marcelo Arruda e voltou a criticar as conclusões do inquérito, reforçando a tese de sua federalização.
O presidente Jair Bolsonaro emprestou condolências à família e teria tentado um diálogo com os irmãos da vítima, simpáticos ao bolsonarismo, segundo afirmam, incomodado com o fato de a oposição estar explorando politicamente o episódio. A esposa de Marcelo, Pâmela Silva, alegou tratar-se de uma incongruência esta tentativa de diálogo do presidente Jair Bolsonaro. Na realidade, ficou tudo muito confuso e mal conduzido, ampliando ainda mais - ao invés de minimizar - o fosso político que separa petistas e bolsonaristas.
Agora vem a conclusão do inquérito sobre o caso, conduzido pelo Polícia Civil do Estado do Paraná, argumentando tratar-se de um crime sem conotação política, ou seja, Jorge Garanhos não teria matado Marcelo Arruda por ele ser petista, mas por um motivo torpe. Possivelmente, teremos muitas controvérsias em torno do assunto, uma vez que a própria família de Marcelo Arruda parece não ter ficado satisfeita com a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Estado.
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