pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Nas entrelinhas da nova pesquisa de intenção de voto da Quaest\Genial
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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Editorial: Nas entrelinhas da nova pesquisa de intenção de voto da Quaest\Genial



Rodrigo Garcia(PSDB-SP), o candidato dos tucanos ao Governo de São Paulo, chegou até mesmo a ser ameaçado de não viabilizar a sua candidatura, com uma manobra do ex-governador João Dória(PSDB-SP) de desistir do seu projeto presidencial, que acabou, por razões de conhecimento público, não se viabilizando. O apoio de João Dória, naquele momento, também não se traduzia em bons dividendos eleitorais para Rodrigo Garcia, uma vez que o eleitor considerava boa sua gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes - inclusive no que concerne à sua postura diante da pandemia da Covid-19 -, mas não estava disposto a credenciá-lo a voos mais altos, tampouco a endossar o nome de quem ele apoiasse para sucedê-lo. 

Por essa época, mergulhado numa espécie de inferno astral, Rodrigo Garcia amargava escores baixíssimos nas pesquisas de intenção de voto, levando alguns observadores a considerá-lo um candidato pouco competitivo, esquecendo-se de considerar o sólido capital político construído pelos tucanos no Estado. São Paulo, ao longo dos anos, tornou-se o ninho mais emplumado dos tucanos, uma espécie de Tucanistão. Daí se entender, naturalmente, uma rejeição do eleitorado paulista ao Partido dos Trabalhadores, de onde se compreende o papel estratégico a ser exercido pelo ex-governador Geraldo Alckmin(PSB-SP) nessas eleições, em favor dos novos companheiros.  

A resposta desse eleitorado tucano começou a aparecer na útima pesquisa do Datafolha, onde Rodrigo Garcia "pulou" de 6% das intenções de voto para 13%, abrindo uma diferença de 7 pontos entre uma pesquisa e outra. A lição que tiramos dessas informações é que é necessário ler uma pesquisa de intenção de voto nas entrelinhas, naqueles números que não chamam muito a atenção do público, como os que indicam a rejeição, a aprovação, potencial de crescimento em determinados segmentos do eleitorado, entre outros. 

Com esses indicadores, de fato, torna-se possível extrair conclusões mais consistentes para tal ou qual candidatura. Nesta última pesquisa do Instituto Quaest\Genial, divulgada no dia hoje, é possível observar, por exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro(PL) diminue a sua distância para o principal oponente, Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), mesmo que seja de 2 pontos, ainda dentro da margem de erro do Instituto, por exemplo. Melhora seu cacife entre mulheres e nordestinos, eleitorado tradicionalmente mais identificado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há indícios de que os beneficiários do Auxílio Brasil começam a identificar no presidente o responsável pelo programa, o que pode indicar uma projeção de votos muito significativos, capaz de desequilibrar o jogo eleitoral.

Estão se confirmando, portanto, as projeções de que as eleições presidenciais de outubro ainda não estão definidas. Assustados com a "regularidade" dos números até então - em alguns casos projetando a vitória de Lula ainda no primeiro turno das eleições - o Planalto resolveu jogar a carga toda, quebrando tetos e outros telhados. Ainda é cedo para concluir se tal performance signifique uma tendêndia de reação da candidatura de Jair Bolsonaro, mas, se, de fato, significar, vamos ter um clássico eleitoral pela frente. Eis os números: 

Lula            45%

Jair Bolsonaro  31%

Ciro Gomes      6%

Simone Tebet    2%

André Janones   2%

     

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