Antes mesmo de concluir seu mandato como gestora da cidade de Caruaru, no Agreste do Estado, a ex-prefeita Raquel Lyra(PSDB-PE) já aparecia no radar das eleições estaduais de 2022 como uma da jovem geração de gestores credenciados a ocupar o Palácio do Campo das Campos das Princesas, quebrando uma hegemonia de 16 anos de exercício do poder pelo PSB. À época, como liderava todas as pesquisas de intenção de voto até então realizadas, foi apresentada como uma espécie de "fenômeno eleitoral", tornando-se uma prioridade nacional nos projetos dos tucanos.
Depois, com a crescente polarização produzida pela dinâmica das disputas políticas no plano nacional, aliada a outros fatores, ela foi, gradativamente, perdendo capilaridade na disputa, imprensada no pelotão de candidatos que almejam um lugar ao sol entre aqueles postulantes identificados com Luiz Inácio Lula da Silva(PT) ou com o presidente Jair Bolsonaro(PL). Embora o candidato Anderson Ferreira encontre-se igualmente embolado neste pelotão, teria, em tese, mais chances de tornar-se uma opção para aquele eleitorado que não vota no ex-presidente Lula e se identifica, no plano nacional, com o presidente Jair Bolsonaro.
A tendência é que, no final, pelo andar da carruagem política, haja uma polarização entre um candidato identificado com o projeto de Luiz Inácio Lula da Silva e outro com o do presidente Jair Bolsonaro, que não tem poupado esforços em prestigiar seus apoiadores aqui no Estado. A centrífuga política da polarização jogou Raquel para a terceira via e ela não consegue sair dessa armadilha, sobre a qual teria muito pouca coisa a fazer, uma vez que se trata de uma variável em relação à qual ela não teria o menor controle.
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