pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Ataques de merda
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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Editorial: Ataques de merda


O país vive um dos seus momentos mais delicados. Quem acompanha o blog com regularidade, leu nossos editoriais repercutindo as péssimas notícias no campo social e econômico, dando conta da tragédia de mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros na condição de insegurança alimentar. Infelizmente, voltamos a ocupar um lugar de destaque no mapa da fome. Mas existe outra tragédia em curso, esta no campo institucional e político: o assédio sobre as nossas instituições democráticas, ou, se preferirem, sobre a democracia política. 

A revista Veja desta semana traz uma matéria sobre uma reunião ministerial, onde setores militares voltam a exigir um papel de protagonismo em relação ao processo eleitoral, o que equivale dizer que desejam fiscalizar as eleições de outubro; um dos ministros do STF, até recentemente, argumentou que poderemos, pelo andar da carruagem política, ter um problema de dimensões maiores ao ocorrido no Capitólio, nos Estados Unidos. Além das merdas digitais das fake news, com o propósito de disseminar inverdades e minar as resistências de atores e instituições da democracia, agora são os ataques de merda que estão se tornando rotina. 

Depois da ocorrência em Belo Horizonte, onde um drone atirou fezes numa reunião de integrantes e simpatizantes do PT, ontem, em reunião no Rio, os partidários de Lula sofrerem uma ataques de fogos de artifícios e de uma bomba de merda, que espalhou odor fétido no ambiente. Agora há pouco soube que o juiz Renato Borelli, da 15º Vara, de Brasília, que autorizou a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, tembém sofreu um ataque dessa espécie (assim mesmo!). Seu carro foi atingido por fezes e ovos podres.

Isso dá bem a dimensão da encrenca em que estaremos metidos nessas eleições. O arsenal de podridão que vem por aí será extenso. Já existe até um "garganta profunda" fazendo declarações bombásticas, com o propósito de prejudicar um dos concorrentes, ressuscitando defuntos e fazendo conecções entre facções de crime organizado e grêmios partidários. Resta saber se a nossa incipiente experiência democrática terá a resiliência suficiente para sobreviver a esses achaques.      

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