O ex-prefeito do Recife por dois mandatos, João Paulo Lima e Silva, anda um pouco esquecido do nosso mundo político, mas hoje foi lembrado - de uma maneira bastante positiva - em artigo do jurista Maurício Rands, publicado no Blog do Magno Martins. Como se sabe, João Paulo foi eleito prefeito do Recife, em 2000, pela primeira vez, numa condição bastante particular, quebrando um projeto da então União por Pernambuco, que já havia estabelecido um rodízio de nomes que deveriam se revesar na gestão da Prefeitura da Cidade do Recife e do Governo do Estado de Pernambuco. Sua vitória, em 2000, na realidade, implodiu a União Por Pernambuco. Realizou duas gestões bem-avaliadas pela população do Recife, traduzidas no slong: A grande obra é cuidar das pessoas.
Mas, afinal, o que significou isso na prática, na vida do cidadão comum, aquele que reside nos morros e alagados do Recife, uma gente vulnerável às intempéries da natureza, como as provocadas por estas últimas chuvas que caíram na capital, ceifando a vida de 130 pernambucanos, recifenses em particular. Observa o articulista que os nossos gestores não estão cuidando das pessoas como deveriam, o que explica o crescente empobrecimento de nossa população, traduzida na ocupação de praças e logradouros públicos por pessoas sem teto, ou nos pedintes que se aglomeram nos semáforos das nossas ruas engarrafadas, uma vez que o trânsito também não vai muito bem, meu caro Maurício.
Em suas duas gestões, João Paulo teria reduzido sensivelmente as áreas de risco do Recife, que voltaram a ser ampliadas nas gestões seguintes, por falta de cuidados com as pessoas, de onde se conclui que tragédias como aquela poderiam ser evitadas ou seus danos minimizados. Além do princípio republicano e programático, sobressaia-se em João Paulo uma profunda sensibilidade social, construída ao longo de sua trajetória política, sempre alinhado com os segmentos mais esquecidos da sociedade.
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