Crédito da Foto: PDT Nacional - Divulgação |
O jornalista e articulista José Casado, em seu espaço no site da revista Veja, faz uma análise de alguns trechos do programa do candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, concluindo que, de fato, estamos diante de uma proposta consistente em meio a um deserto de ideias. Essa é a quarta tantativa do cearense Ciro Gomes de chegar à Presidência da República. Ao longo desses anos, exercendo vários cargos públicos e debatendo o país aqui e no exterior - sempre acompanhado de grandes inteligências, a exemplo de Roberto Mangabeira Unger - Ciro foi aprimorando o seu conhecimento sobre os problemas do país.
Seria até natural que, hoje, ele apresente a melhor proposta, embora encontre grandes dificuldades de convencer os eleitores sobre o assunto. Ao longo de suas candidaturas, ele cativou um eleitorado fiel ao seu projeto, mas, por alguma razão, não consegue ampliá-lo. Desta vez, fez o possível e o impossível para quebrar a polarização representada pelas candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e Jair Bolsonaro(PL), mas sem sucesso. Tentou atrair outras forças políticas para o seu projeto, mas igualmente sem muito êxito, como o PSD, de Gilberto Kassab. As articulações não passaram de alguns arranjos localizados em praças específicas.
Esta polarização política no país constitui-se numa verdadeira centrífuga, turvando a nossa visão no que concerne a outros olhares sobre o cenário social, político e econômico brasileiro. Com a sua larga espertise, Ciro é capaz de observar os equívocos cometidos, por exemplo, pelo PT quando foi governo, advertindo que os atuais problemas econômicos enfrentados pelo país tiveram origem nas opções adotadas pelos governos da coalizão petista. Os casos de corrupção na máquina pública à época também são responsáveis pela ascensão do bolsonarismo.
O programa do candidato, de fato, apresenta um conjunto de respostas para os principais gargalos enfrentados pelo país, apostando na educação como uma das principais ferramentas para enfrentá-los. Uma pena que o eleitorado não preste mais atenção neste rapaz de Sobral que,de fato, fez o dever de casa, aquele dever exigido de quem deseja dirigir os destinos de uma nação, ou seja, se dedicou a estudar o país. Com uma inteligência privilegiada, associado a outros nomes igualmente inteligentes, foi capaz de construir uma proposta de governo que, se vier a ser viabilizada, lança luzes sobre nossas trevas de educação, de fome, de abandono da população, de obscurantismo político.
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