No dia de hoje, 15\07, os telejornais mostraram cenas preocupantes de milhares de pessoas, em todo o Brasil, em filas quilométricas para se habilitarem a receber o Auxílio Brasil, depois de se cadastrarem no Cadastro único. Algumas dessas pessoas dormiram na fila, de forma completamente improvisada, em condições desumanas. Ouvido por um desses jornais, o economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, observou, baseado em um levantamento da própria Instituição, que, na série histórica de pesquisas dos últimos dez anos, o ano de 2021 marcou um recorde: nunca a população brasileira empobreceu tanto.
A observação de Neri é uma alerta sobre o que virá no dia sequinte ao dia 31 de dezembro, quando se encerra esse pacote de bandades da PEC Kamikaze, concebida não para enfrentar, de fato, os problemas sociais do país, mas para cacificar eleitoralmemte o Governo. De cara, existe o problema de tal PEC ter furado o teto dos gastos, gerando um grande problema para as contas públicas do país, seja lá quem assumir o Executivo Federal a partir de janeiro de 2023. Depois, vem um drama ainda maior: o que fazer com os beneficiários do programa a partir de então?
Segundo este editor foi informado, a assessoria de candidatos como Luiz Inácio Lula da Silva(PT), que lidera, até este momento, todas as pesquisas de intenção de voto, já estariam debruçados sobre a resolução dessa equação, pois os beneficiários do programa não poderiam ser deixados à mingua depois da refrega eleitoral. Tudo indica que o Governo irá colher os resultados concretos desse pacote de bondades durante as próximas eleições presidenciais, a julgar pelas pesquisas de intenção de voto divulgadas logo após o anúncio das medidas. Sua assessoria política mira os pobres, as mulheres e os nordestinos, eleitorado ainda refratário aos seus apelos.
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