No dia de ontem, em conversa com o cientista político e historiador Michel Zaidan Filho, ele informava que seriam muito bem-vindas essas mobilizações, inclusive da comunidade internacional. É preciso ampliar, sensivelmente, os "custos" políticos e econômicos de um retrocesso autoritário neste momento. Depois de décadas de experiência democrática, o país experimenta um flerte autocrático onde os pilares da democracia representativa - como é o caso da isenção e lisura da Justiça Eleitoral - estão sendo postos em duvida por atores que contaram, ao longo de sua vida pública, com o referendo dessa mesma Justiça Eleitoral para ratificar seus desempenhos nas urnas.
Como era comum ouvir na nossa fase de criança, são jogadores que não sabem perder, que não respeitam as regras do jogo. Circula na imprensa uma carta assinada por empresários, em defesa de nossas instituiçoes democráticas. O mercado, como se sabe, tem um papel preponderante neste processo. E 1964 eles chagaram a emprestar apoio ao golpe civil-militar que derrubou Jango Goulart da Presidência da República. Quem lidera essa mobiliação do mercado é o professor da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Ari Sundfeld, que representa a Sociedade Brasileira de Direito Público.
Outra mobilização que está sendo aguardada é a do Movimento Sem Terra, um movimento social que, por razões óbvias, sempre esteve ligado organicamente ao Partido dos Trabalhadores. Que venham mais mobilizações da socieade civil neste sentido. Serão todas bem-vindas. Nossa frágil democracia exige cuidados redobrados, sobretudo neste momento que enfrenta um violento assédio autoritário.
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