O Centrão atua numa lógica própria, movida por cargos e liberação de recursos através das emendas parlamentares, facilitada pelo nosso presidencialismo de coalizão, que, se Luiz Felipe de Alencastro nos permite, pode ser traduzido como uma espécie de semipresidencialismo. Essa turma é aliada de cargos e emendas, não deste ou daquele ator político. Agora mesmo, por ocasião das próximas eleições, o grupo está preocupado não com a eleição do presidente Jair Bolsonaro(PL) - que seria apenas um detalhe - mas em ampliar sua base de sustentação congressual, tornando refém do ocupante do Palácio do Planalto.
Mesmo antes de ser eleito, Lula já anda às turras com Arthur Lyra, por conhecer esses mecanismos, responsável direto pelo escândalo do Mensalão e pela deposição da ex-presidente Dilma Rousseff. Como as eleições de outubro devem ir mesmo para uma decisão de segundo turno, se vencer tais eleições, Lula terá um terceiro round a ser disputado com o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lyra, hoje apenas preocupado em ampliar o seu exército de apoiadores, formando uma boa bancada para negociar com o governante de turno.
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