pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Raquel Lyra tem candidatura homologada em convenção.
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sábado, 30 de julho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Raquel Lyra tem candidatura homologada em convenção.


Desde que sinalizou que seria candidata ao Palácio do Campo das Princesas, a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra(PSDB-PE), tem enfrentado muitos obstáculos nesta caminhada. Nada que a sua determinação não consiga superá-los, mas, em princípio, talvez nem ela mesma tenha previsto tantas dificuldades. Até mesmo em seu reduto político, o país de Caruaru, cujo prefeito que assumiu Rodrigo Pinheiro, adota uma postura claramente de quem segue uma diretriz política própria, afastando da prefeitura municipal os secretários indicados pela ex-prefeita. 

Pelo andar da carruagem política, ela não conta com um aliado dentro do seu próprio reduto político. Depois, vieram os problemas com a composição da chapa, um problema que, aliás, ela divide com os demais postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Depois de muitas idas e vindas, finalmente, ela conseguiu fechar a chapa para a disputa. O ex-Deputado e ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, disputará a vaga para o Senado Federal, enquanto Priscila Krause foi escolhida como vice, num lance de alto risco, uma vez que teria sua eleição assegurada para continuar com o exitoso trabalho na ALEPE. 

O maior problema de Raquel, como já enfatizamos num outro momento, diz respeito à sua conformação na disputa, ou seja, sua identidade entre os demais competidores. Como a tendência da polarização tende a reproduzir-se nas praças estaduais, o eleitorado do Estado também poderia seguir tal alinhamento, ou seja, apostando num candidato identificado com Lula, por um lado, e outro identificado com o presidente Jair Bolsonaro(PL), isolando os demais no limbo da chamada terceira-via, que encontra enormes dificuldades de viabilidade política. 

Talvez percebendo que não havia outra alternativa, que não a de assumir a sua condição de terceira-via, buscando situar-se entre o grupo de candidatos mais competitivos - aqueles alinhados com Lula ou com Bolsonaro - em seu discurso durante a convenção do PSDB e do Cidadania, Raquel Lyra bateu forte numa narrativa anti-Lula e anti-Bolsonaro, o que significa que ela consolida seu posicionamento político como alternativa à polarização representada pelos dois candidatos presidenciais. Embora entenda o constrangimento imposto pelas articulações nacionais - no plano nacional, em tese, ela estaria com a senadora Simone Tebet, do MDB, que se apresenta como terceira-via - era tudo que ela não poderia fazer. 

Não temos dados precisos sobre este assunto, mas, assim, anpassant, fica difícil imaginar um Estado da Federação onde esta terceira-via está se tornando competitiva o suficiente para ameaçar candidaturas que se inserem nesta polarização. Assim como o Rio Grande do Sul, em Pernambco as disputas políticas, historicamente, são marcadas por essas lutas renhidas entre "esquerda" e "direita". Isso muito antes do ou "Lula" ou "Bolsonaro". Neste aspecto, somos muito parecidos com os gaúchos. Nos Pampas, ou se é gremista ou colorado. Salvo melhor juízo, até a Coca-Cola já aprendeu a lição e muda a embalagem do seu refrigerante consoante as necessidades de se atender um grupo ou outro.   

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