Nem mesmo o seu partido ainda reconhece tal candidatura, mas o polêmico padre Kelmon já anuncia que é pré-candidato à Prefeitura da Cidade de São Paulo. Como se sabe, a eleição na maior capital do país está completamente nacionalizada. A entrada do padre Kelmon na disputa talvez seja a cereja do bolo para concluirmos por tal nacionalização daquelas eleições. Com que propósito ele entra na disputa? Possivelmente talvez para se constituir numa força-auxiliar do candidato bolsonarista, Ricardo Nunes. O mesmo papel que ele cumpriu nas eleições presidenciais passadas, quando se colocou nos debates como um ferrenho provocador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neste sentido, Boulos que se cuide. E, por falar em Guilherme Boulos, o candidato do Psol foi o entrevistado de hoje no programa jornalistico matinal da Jovem Pam. Como sempre, esteve muito bem, tecendo críticas à gestão ao seu principal concorrente no pleito, o atual prefeito Ricardo Nunes. Um dos melhores momentos da entrevista foi quando o Deputado Federal fez referências aos pontos positivos da gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. É curiosa a trajetória da ex-prefeita petista - tão curiosa que setores do partido se recusaram a recebê-la de volta à legenda - mas uma pesquisa do Instituto Quaest\Genial comprovou que os paulistas a consideram a melhor gestora da cidade, com grande capacidade de agregar valores à candidatura de Guilherme Boulos.
Pensamos que ela já estivesse se refiliada à legenda, mas o tal evento ainda irá ocorrer, com o aval e a presença do morubixaba petista. Nos bastidores da política comenta-se que o presidente Lula estaria como que obcecado com aquelas eleições. Nem a crise do setor de inteligência do Governo, assim como o rombo de R$ 230 bilhões nas contas públicas consegue superar mais as preocupações de Lula do que aquelas eleições. Não diríamos que se trata de uma obsessão, mas que Lula, depois de levantar o tapete do Planalto conseguiu perceber a sujeira deixada pelo ancien régime. Ele hoje tem a dimensão exata sobre os danos institucionais produzidos por um governo protofascista.
Voltamos a insistir em algo que já propomos por aqui antes. Que depois das eleições municipais paulistas, os institutos de pesquisa realizam algum levantamento no sentido de indentificar o "peso" da questão nacional na indução do voto do eleitorado. Geralmente, conforme afirmamos por ali, as eleições municipais possuem uma dinâmica prípria, mas as eleições de 2024 naquela cidade, como o próprio morubixaba petista admite, será um terceiro turno das últimas eleições presidenciais.
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