Se as investidas golpistas no país tivessem sido exitosas, possivelmente o modelo de governo que seria adotado no país teria muita semelhança com o modelo da Hungria, sob o comando de Victor Orbán. O presidente da Hungria é uma espécie de "modelo" de inspiração para as lideranças golpistas que atentaram contra a democracia em nosso país. O Brasil, certamente, passaria por um processo de hungrialização. No dia de ontem 26, depois que o jornal New York Times divulgou um vídeo com as imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro entrando nas dependências da Embaixada da Hungria no país, este talvez tenha sido um dos assuntos mais comentados pela imprensa e pelas redeas sociais.
O fato ocorreu logo após o presidente ter o seu passaporte retido, o que sugere a possibilidade de adoção de alguma medida preventiva com o ato. O embaixador da Hungria já foi ouvido pelo Itamaraty, mas não entrou nos detalhes sobre esta visita do ex-presidente. O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o ex-presidente apresente uma explicação sobre este fato em 48 horas. O ex-presidente, diante das evidências, naturalmente, não poderia negá-lo, mas argumenta que atendeu apenas a um convite. Resta combinar a versão com as autoridades da embaixada.
Vamos aguardar as explicações dos seus advogados a este respeito, antes de qualquer tipo de julgamento. Não deixa de ser curioso, no entanto, que as autoridades brasileiras desconhecessem completamente este fato, revelado por um jornal americano. Como estamos numa era de doentia polarização, logo surgiram as hordas de petistas pelas redes sociais enaltecendo a coragem o presidente Lula quando esteve acossado por uma prisão iminente.
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