Até recentemente, a Polícia Federal encontrou indícios fortes sobre uma eventual facilitação da fuga de dois detentos da Penitenciária de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As medidas duras tomadas pelo Ministério da Justiça, afastando dos seus postos a direção do presídio, o corpo de agentes responsáveis pela segurança e inteligência sugerem, igualmente, que algo de muito grave ocorreu por ali. Na realidade, os prisioneiros que fugiram contam com uma rede de proteação bastante azeitada, apesar das trapalhadas cometidas até este momento, como tomarem celulares das vítimas - que podem ser rastreados facilmente pelos policiais que estão no seu incalço - assim como erraram o caminho que os levariam à fronteira do Estado do Ceará, voltando às imediações do presídio, onde a polícia já montou um cerco para recapturá-los.
Até o momento, a polícia já prendeu seis pessoas de "fora" que teriam ajudado os fujões. Mas não se surpreendam se gente de "dentro' também possa estar envolvidas. Diante das circunstâncias inusitadas de uma unidade prisional de segurança máxima que não oferece segurança máxima, a ideia de levar o taficante Zinho para o presídio foi descartada. Hoje, ficamos sabendo que o Fernandinho Beira-Mar, que também pertence ao Comando Vermelho, também foi transferido do presídio de Mossoró para uma penitenciária em Curitiba.
É cada vez mais complicado enfrentar o crime organizado no país. A chegada de facções do crime organizado na Bahia, por exemplo, ampliou sensivelmente os índices de violência urbana naquele Estado da Federação, tornando-o mais violento atualmente. Há concorrentes à altura, como Pernambuco, onde tais índices de violência também estão aumentando sensivelmente nos últimos dias, muito em razão da presença desses grupos no Estado. O quadro aqui é gravíssimo, sem que se veja uma solução a curto ou a médio prazo, sobretudo em razão da fragilidade das ações para tal enfrentamento.
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