Todos os passos na política devem ser milimetricamente calculados. Quando o Deputado Estadual Luciano Cartaxo(PT-PB) anunciou que não participaria das prévias internas do PT de João Pessoa para definir seu candidato à prefeito, supôs-se, de imediato, que ele teria alguma carta na manga. De fato, duas vezes prefeito, Cartaxo estaria melhor azeitado com a Executiva Nacional da legenda, o que, de fato, poderia levar seus líderes a tomarem uma decisão que poderia favorecê-lo. O cálculo, em princípio, estava correto. O GTE - Grupo de Trabalho Especial - que define as diretrizes eleitoais da legenda, articulou-se com as lideranças estaduais do partido para afirmar que não haveria mais prévias. Em tal cenário, Cartaxo teria melhores chances contra a Deputada Estadual Cida Ramos(PT-PB), que também concorre à indicação. Por algum motivo que ainda estamos tentando entender, Cartaxo, de fato, anunciou que não mais disputará a Prefeitura de João Pessoa.
Motivos não faltaram para a mobilização de setores do União Brasil no sentido de retirar o nome do Deputado Federal Lucinao Bivar do comando nacional da legenda. Mas, em meio a essas motivações, existe um tal motivo que poderia ter passado despercebido diante das entranhas abartas e víceras expostas da legenda, que se tornou caso de polícia. Num projeto de formação de uma federação, que reúniria, além do União Brasil, o Progressistas e o Republicanos, o que está em jogo é a pavimentação da candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República, assim como a construção de um consenso com Arthur Lyra(PP-AL), atual Presidente da Câmara dos Deputados, no sentido de viabiizar o nome do seu substituto na Câmara dos Deputados, preservando seu quinhão de influência mesmo distante do posto.
Diferente de Tarcísio de Freitas, que poderia tantar um segundo mandato, Caiado não pode mais se candidatar ao Governo do Estado, pois já cumpre seu segundo mandato como governador. O périplo recente dos dois governadores pelo Estado de Israel sinaliza, claramente, que é dali que surgirá o nome do bolsonarismo para a disputa das eleições presidenciais de 2026, considerando-se a condição de inelegibilidade do capitão, embora alguns segmentos do bolsonarismo trabalhe com a hipótese de tal situação vir a ser revertida até 2026, quando o colegiado do TSE sofrerá mudanças.
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