A engenharia institucional forjada pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o propósito de fazer seu sucessor, prevê, necessariamente, alguns afagos do Governo, por mais contraditório que isso, aparentemente, possa parecer. Trata-se de um jogo bastante intrincado, uma vez que o sujeito ainda está com a caneta na mão e plenos poderes. Um erro de cálculo político do Planalto por aqui pode representar danos irreversíveis. O apoio do Planalto a um candidato de oposição ao cacique alagoano precisa ser milimetricamente bem calculado.
É neste terreno pantanoso que ganha musculatura a candidatura do apadrinhado de Lira, o Deputado Federal baiano Elmar Nascimento(UB-BA). Oposição até existe, mas Elmar está literalmente "blindado" pelas circunstâncias. Por indisposições paroquiais, a ala baiana do Governo não apoia o seu nome, o que tem levado Arthur Lira a tecer algumas costuras políticas nos sentido de aparar as arestas. Lira, inclusive, passou a ter, recentemente, um forte trânsito com Rui Costa, com quem articula politicamente neste momento, em prejuízo de Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais, com quem anda de relações azedadas.
Segundo a coluna do jornalista Cláudio Humberto, Elmar Nascimento, apoiado pelo seu padrinho político, chegou a ser recebido até no Palácio de Ondina, pelo governador Jerônimo Rodrigues, mas apenas por estar ladeado por Arthur Lyra. Pesa contra Elmar Nascimento o fato de já flertado com o bolsonarismo. Caso ele seja eleito o novo presidente da Câmara dos Deputados, assim como Davi Alcomumbre no Senado Federal, o União Brasil faz barba, cabelo e bigode no Legislativo.
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