Existem alguns fatos curiosos envolvendo o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, mas são fatos merecedores de um tratamento mais específico, missão impossível numa postagem como esta. Há quem afirme, por exemplo, que as "princesas' costumam aparecer aos frequentadores dos jardins de suas cercanias. Alguém que já esteve em sua "cozinha", por outro lado, já nos relatou alguns fatos inusitados que ocorreram entre suas quatro paredes. Alguns desses fatos vão para o campo do folclore e outros para o folclore político propriamente dito, quando aparece algum estudioso dessas curiosidades, que são cada vez mais raros.
Diante dos baixos índices de aprovação percebe-se, nitidamente, um esforço enorme do Governo do Estado de Pernambuco em se contrapor a tais percalços através de investimentos efetivos em propaganda política, inclusive pelas redes sociais. Quando a gente se vê acossado, mesmo numa circunstância extremamente adversa, convém tomar todos os cuidados possíveis para definir a melhor estratégia de reação. A governadora precisa cercar-se dos cuidados necessários para enfrentar a questão crucial da violência que assombra o Estado de Pernambuco.
A Polícia Militar de São Paulo, no dia ontem, salvo melhor juízo, no curso da Operação Litoral, assassinou um rapaz de cor negra, cego, em confronto, dentro de sua residência, sem mandado para invadi-la. Não há estratégia de marketing político que consiga superar essa imagem. A matéria da revista Veja mostra uma série de outras questões em jogo quando analisa o desempenho do Governo Estadual, mas nada superior ao problema do recrudescimento da violência, com o potencial explosivo de desmontar o seu Governo. Isto não pode ser ignorado.
Não é investindo em marketing político, mesmo que enfatizando áreas onde as ações do Governo possam estar acertando, que os índices de violência deixarão de afetar o imaginário coletivo. No caso de São Paulo, como pode uma autoridade pública afirmar que não tem satisfação a dar à sociedade? Tampouco aos organismos internacionais como a ONU? Quando a própria ouvidoria admite a ocorrência de eventuais excessos? Também não se pode partir para o "confronto" abdicando-se dos princípios legais, constitucionais ou republicanos. Quem não lembra da famosa foto do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, descendo de um helicóptero para comemorar uma operação bem-sucedida da polícia? Alguns meses depois deixaria o cargo.
Aconselhe-se com as pessoas certas, construa suas diretrizes a partir da espertise já adquirida pelas políticas públicas já desenvolvidas pelos governos anteriores, com humildade, sem rusgas ou melindres ideológicos. Não há nenhum plano ou política pública desenvolvida no Estado para o enfrentamento da violência melhor concebido ou mais estruturado do que o Pacto pela Vida. Saúde para o Magno, o novo mascote do Palácio do Campo das Princesas, um cachorrinho adotado, depois de acompanhar a governadora durante a cerimônia alusiva à Revolução Pernambucana.
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