Embora permanece na base de sustentação do Governo Lula, inclusive ocupando ministérios na Esplanada, a relação entre petistas e socialistas já teve dias melhores. Mesmo se o morubixaba petista disputar a reeleição em 2026, hoje já existe a certeza de que o vice-presidente Geraldo Alckmin não o acompanha na empreitada. O apoio explícito do vice à candidatura de Tabata Amaral(PSB-SP), em São Paulo, já é analisada como a construção de um caminho de volta às origens do ex-governador Geraldo Alckmin. Aqui em Recife, por outro lado, o PT insiste, sem sucesso, para emplacar o nome da vice que integrará a chapa de reeleição do prefeito João Campos(PSB-PE), uma estrela em ascensão na constelação socialista nacional.
Pelo Brasil afora, sobretudo num momento de eleições municipais, onde as alternativas "egoístas" se sobressaem, pois as alianças partidárias podem ser menos consistentes, existe um clima de um certo azedume entre os dois grêmios partidários. O PSB, possivelmente, foi um dos partidos mais prejudicados nas minirreformas administrativas para abrigar o pessoal do Centrão no Governo Lula. Por outro lado, em situações como a da capital de Paraíba, João Pessoa, podem faltar "alternativas" aos governantes, como é o caso do governador João Azevedo, do partido socialista.
Ao que se sabe, nenhum nome foi rigorosamebte preparado para esta missão na alquimiia da cozinha do Palácio da Redenção, assim como ocorreu com o próprio governador, durante o mandato de Ricardo Coutinho. João era uma espécie de supersecretário de Ricardo Coutinho, que o preparou para sucedê-lo. Em João Pessoa há uma intensa mobilização de grupos conservadores de olho na Prefeitura. O atual prefeito, Cícero Lucena, filiado ao PP, tentará a reeleição. Marcelo Queiroga, ex-Ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, disputará pleito pelo PL. O pastor Sérgio, também ligado ao bolsonarismo, poderá entrar na disputa.
O PT está dividido, mas deverá lancar uma candidatura própria, que poderá ser o ex-prefeito Luciano Cartaxo ou a Deputada Estadual Cida Ramos, que disputá com ele a indicaçaõ. A questão que se coloca é sobre qual seria o destino do apoio do socialista João Azevedo na capital dos paraibanos. João já acenou até para ex-bolsonarista, como é o caso do radialista Nilvan Ferreira, apeado da disputa pelo grupo de Marcelo Queiroga. Sugeriu esquecer o passado e apoiar o nome do radialista em Santa Rita, a terra dos canaviais. A guinada do governador, muito provavelmente, indica que ele espera o apoio do bolsonarista para um eventual candidato de sua preferência em João Pessoa. Está confuso o quadro. Se ele vier a apoiar um nome do PT, Nilvan o acompanhará? Certamente que a resposta é não. Isso significa que nossas considerações procedem.
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