pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Numa fase decisiva das investigações sobre o golpe, Polícia Federal ouve novamente o tenente-coronel Mauro Cid.
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quarta-feira, 6 de março de 2024

Editorial: Numa fase decisiva das investigações sobre o golpe, Polícia Federal ouve novamente o tenente-coronel Mauro Cid.


Está agendada para a próxima segunda-feira, 11\03 uma nova oitiva do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal. Muito mais do que as próprias hostes militares esperavam, os fardados estão dando uma enorme contribuição para os esclarecimentos definitivos sobre a tentativa de golpe do 08 de janeiro. Depois do depoimento primoroso do general Freire Gomes, que respondeu a todas as perguntas formuladas pelos investigadores, os fios que ainda estavam soltos do novelho golpistas foram, enfim, amarrados. 

Ocorreram reuniões com os comandantes militares onde o assunto foi objetivamente tratado. Havia, inclusive, duas minutas redigidas, possivelmente ainda precisando dos "ajustes" que, neste caso, dizia respeito, tão somente, ao tratamento que deveria ser dispensado às autoridades da Repúblicas, notadamente aos ministros da Suprema Corte. Em essência, ambas previam a decretação de um Estado de Sítio, abolindo o Estado Democrático de Direito. Até um discurso pós-golpe estava pronto. 

Percebam os leitores que a tese negacionista de antes, bastante enfatizada pelos bolsonaristas, de que não houve propriamente golpe deixou de ser usada. Pune-se as artimanhas e tessituras de caráter golpista que atentam contra as instituições democráticas e o Estado Democrático de Direito. Pelo andar da carruagem política, o inquérito está na fase de afinação de violino, ou seja, a oitiva do tenente-coronel Mauro Cid será apenas para confirmar ou não alguns pontos apresentados pelos depoimentos anteriores.

Embora "massacrado" pelas hostes bolsonaristas radicais, o general Freire Gomes cumpriu, conforme enfatizamos em outros momentos, um papel crucial sobre aqueles episódios obscurantista, quando as nossas instituições democráticas estiveram sob risco iminente. O mesmo se pode afirmar sobre o comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior. Ambos se recusaram a embarcar na aventura golpista proposta pelo aloprado.   

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