Hoje, dia 18, está agendada uma grande reunião no Palácio do Planalto entre Lula e os seus ministros. Há um número expressivo deles que se encontra com o morubixaba petista apenas nessas ocasiões, o que já sinaliza um problema. Um aspecto positivo, depois das recentes pesquisas que apontam uma queda de popularidade ou avaliação positiva do Governo, é que o presidente Lula tem admitido que o Governo não tem feito as entregas prometidas em campanha. Pelo menos em tempo hábil, numa perspectiva mais otimista.
A queda de popularidade neste momento é algo que acende a luz amarela por razões óbvias. Dentro de mais alguns meses teremos eleições para as prefeituras municipais, onde todos os partidos procuram arregimentar um exército de prefeitos e vereadores pelo país, criando a musculatura política necessária para enfrentar as urnas nas eleições presidenciais de 2026. Salvo algumas excepcionalidades, nas eleições municipais é cada um por si, pois estamos tratando dos interesses específicos das agremiações partidárias. Todos os partidos correm numa raia própria, de olho no seu fortalecimento.
O maior partido de oposição, o PL, por exemplo, tem objetivos bem específicos nessas eleições municipais. O partido deseja eleger o maior número possível de prefeitos, de olho na formação de uma bancada poderosa de senadores, com capacidade de tomar de assalto a bastilha do Senado Federal, de onde poderiam enfrentar uma eventual quarto Governo Lula, assim como continuar em sua cruzada contra o Poder Judiciário. Na hipótese, naturalmente, de Lula sobreviver até lá e o capitão continuar inelegível, pois, se depender dos grupos mais radicais, Jair Bolsonaro estará no pleito. Eles simplesmente ignoram sua inelegilidade.
Gostaríamos muito de saber qual será o puxão de orelha que Lula dará nos seus ministros. Há diversos flancos em aberto, alguns deles criados pelo próprio morubixaba, ao fazer declarações infelizes no contexto das relações internacionais. Vamos ser sinceros por aqui. O Governo passa por um momento difícil, num instante em que o país atravessa a tormenta de um stress institucional e a Oposição bolsonarista avança nas ruas e nas Casas Legislativas.
O PL trabalha um nome do partido para concorrer às próximas eleições na Câmara dos Deputados. Segundo informações de um jornal paulista, Lula teria consultado o marqueteiro Sidônio Palmeira sobre a questão da comunicação institucional. Pelo andar da carruagem política, pode sobrar para os seus atuais responsáveis. O problema, no entanto, é a "agenda", que parece ter caducado em alguns aspectos, embora permaneça perene em outros tantos.
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