Crédito da foto: SENAPPEN\reprodução
Aos poucos, o Governo Federal vai desmobilizando o pequeno exército de policiais acionados para recapturarem os fugitivos do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Já são quarenta dias infrutíferos que representaram altos custos operacionais, além dos danos de imagem, pois a população fica sem entender como 600 homens bem equipados, auxiliados por drones, cães farejadores e até helicópteros não conseguiram êxito nesta cassada humana. A Polícia Federal deve optar por fazer um trabalho de inteligência no sentido de recapturá-los.
A engenharia montada por Deibson Cabral e Rogério Mendonça para empreenderem essa fuga produziu algumas situações curiosas. Durante a semana que passou surgiu a suspeita de que os presos poderiam estar recebendo ajuda de policiais locais. A vida nos reserva algumas surpresas interessantes. O fato de terem escapado do presídio parece-nos que não representou algum momento de paz para os prisioneiros, que estão ameaçados de morte pelo Comando Vermelho.
Não se sabe se dentro do presídio já haveria alguma movimentação dos presos neste sentido,mas os líderes da organização descobriram que eles desejavam formar uma dissidência no comando, o que é considerado uma falta graávissima no código do crime organizado, significando que eles também seriam rejeitados pelas outras facções onde poderiam procurar abrigo. Suspeitou-se no início que eles poderiam estar procurando abrigo em redutos controlados pelo PCC.
Deibson e Rogério estão isolados, fugindo e sem rumo justamente no momento em que lograram êxito na fuga da unidade prisional. Contraditoriamente, presos eles estariam mais seguros, pois é bastante conhecida a eficiência desses tribunais do crime. Não temos dados precisos sobre o assunto, mas é surpreendente o número de fugas registradas nos presídios brasileiros neste começo de ano, logo em seguida a esta fuga inusitada de um presídio de segurança máxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário