No dia de ontem, os advogados do ex-policial Ronnie Lessa, que cumpre pena pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, anunciaram que estão deixando a defesa do seu constituinte. Ainda no mesmo dia, o advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cesar Bitencourt, estranhou o indiciamento do seu constituinte, em razão dos problemas relativos à suposta falsificação dos cartões de vacinação, sugerindo que se trata de algo incongruente com o acordo de colaboração premiada assinado como a Polícia Federal. No caso de Ronnie Lessa, aparentemente, trata-se apenas de uma questão de "competência', ou seja, a banca de advogados não trabalha com essa linha de defesa.
No caso do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República no Governo de Jair Bolsonaro, tivemos acesso há algumas informações, através de matéria de uma revista de circulação nacional, acerca dos termos celebrados pelo militar no seu acordo de colaboração premiada. Esses acordos e até mesmo depoimentos, por algum motivo, sempre acabam vazando para a imprensa. Consoante com a matéria, o militar teria negociado a isenção de sua família acerca dos casos em que poderia estar envolvido, assim como a estipulação de uma pena "X" caso viesse a ser condenado.
Neste caso, faz sentido a preocupação do seu advogado, uma vez que, por indiciamento de crimes dessa natureza, suas penas poderiam ser muito superiores. O acordo de delação do ex-militar Ronnie Lessa foi homologado pelo Supremo Trubinal Federal. Até o nome dos prováveis envolvidos já estão vazando para a imprensa, como é o caso de um Deputado Federal, com foro privilegiado, daí se entender o caso ter ido ao STF. Depois de a sociedade brasileira aguardar seis anos por um desfecho, tudo indica que o caso será concluído com o indiciamento dos responsáveis pelo mando do crime, que consideravam, conforme depoimento do próprio Lessa, que ficariam impunes.
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