Neste mesmo período, no ano passado, os casos registrados de dengue não passavam dos 207 mil. Hoje, os casos já superam o número de um milhão de pessoas infectadas. Em tais circunstâncias, o número de mortes pela doença também aumentaram sensivelmente no mesmo período. Sete Estados da Federação já declararam estado de emergência, em razão da proliferação da doença. O Ministério da Saúde já teria autorizado o início do processo de vacinação para a próxima semana, mas com as limitações conhecidas, ou seja, com restrições de áreas de cobertura bem definidas, além da escolha de uma população alvo, ou seja, adolescentes, onde a vacina japonesa Qdenga teria demonstrado maior eficácia. São 521 municípios.
Várias campanhas institucionais estão sendo veiculadas, seja no âmbito federal, seja no âmbito dos estados. Há uma grande mobilização no país no sentido de combater os focos do mosquito transmissor da doença. Não é improvável, como sugere a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, que as fortes precipitações pluviométriras tenham dado uma força na proliferação dos mosquitos transmissores da doença. Excesso de chuva água acumulada, possivelmente contribuíram bastante.
A Oposição explora como pode esta situação difícil de saúde pública vivida pelo país neste momento, mas um infectologista ouvido pelo editor do blog assinalou que, curiosamente, o fenômeno do recrudescimento da dengue também pode ser observado em países europeus, onde a doença estaria erradicada, como a França, a Inglaterra. Claro que em proporções bem menores, mas não deixa de ser algo inusitado. Mais uma vez, assim como ocorreu com a Covid-19 - que, infelizmente, também vem registrando aumento de casos, sobretudo depois das últimas aglomerações do carnaval - são os abnegados profissionais da FIOCRUZ que acena com uma vacina para enfrentar o problema.
O laboratório está desenvolvendo uma vacina em tempo recorde, com o acompanhamento simultânio da ANVISA, com o propósito de destravar a burocracia de sua liberação. A estimativa é que em meados de 2025 já tenhamos a vacina disponível para ser aplicada na população. Até lá, vamos virando os baldes, observando com cuidado os reservatórios de planta, tampinhas de cabeça para baixo, evitando que o mosquito se reproduza.
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