Muito concorrida o evento do PT organizado no Vale do Anhangabau, em São Paulo. Concorrido não apenas em razão do grande público que afluiu ao local, mas também em razão da presença de algumas figuras de proa da esquerda brasileira. Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Boulos, Chico Pinheiro, André Janones, Márcio França. Familiarizado com o microfone, Francisco Pinheiro deu um show a parte durante o evento. Um dos momentos mais emblemáticos, porém, foi um diálogo estabelecido entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu um processo controverso de impeachment em 2016. Imagina se Lula perderia a oportunidade de inocentá-la em público, quando até seus algozes já reconheceram que ela seria "honestíssima" e que teria perdido o cargo em razão da ausência de diálogo com o Legislativo.
Lula, em razão de sua grande amizade com a ex-presidente, é um pouco suspeito para falar do assunto, mas diversas autoridades da República, direta ou indiretamente, já reconheceram a injustiça cometida contra a ex-presidente. Lula, movido pelas crircunstâncias políticas , acabou se reaproximando de figuras que estiveram no epicentro do afastamento da ex-presidente. Em razão deste fato, Dilma Rousseff, em certo momento, encontrou um clima um pouco equidistante na campanha. Alguém chegou a sugerir que seus pronunciamentos públicos sobre determinadas figuras poderiam travar a abertura que o PT estava tentando concretizar.
Dilma não é muito de oferecer a outra face e, até recentemente, respondeu de forma veemente a um dos principais artífices do seu impeachment, a quem, indevidamente, entregou a articulação política do seu governo. Raposa felpuda da política, o caboclo acabou foi apunhalando-a pelas costas, numa traição vil, associando-se aos seus algozes nas tessituras que acabaram par afastá-la do poder. Ela não teria essa capacidade de engolir sapos em razão dos interesses políticos em jogo. Viva Dilma Rousseff!
Nenhum comentário:
Postar um comentário