A rigor, a melhora dos índices de intenção de voto de Rodrigo Garcia(PSDB-SP)no ninho mais emplumado dos tucanos já seria esperada. Exceto, talvez, pelos seus opositores, que acreditavam que, a exemplo da debacle nacional, ali também os tucanos teriam grandes problemas. Problemas eles até tiveram e, certamente, continuarão tendo, mas nada que arrefeça o ânimo de um segmento fiel do eleitorado paulista em votar num candidato tucano. A disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, como informamos em editoral anterior, será uma das mais acirradas, a julgar pela dinâmica que vem se desenhando.
O candidato do PT, Fernando Haddad, começou bem, lidera todas as pesquisas de intenção de voto até este momento, mas é o candidato com a maior taxa de rejeição entre os concorrentes, ou seja, 48% do eleitorado, o que sugere a dimensão das dificuldades no sentido de ampliar o seu teto de crescimento. Em tese, naquela praça, ele poderia ajudar muito mais Lula do que o contrário, uma vez que o petista perde para Bolsonaro num confronto direto. Inexiste, pelo menos neste momento, a possibilidade de tranferência de voto de Lula para o afilhado político.
Outro problema seria fazer uma crítica aos tucanos sem melindrar o bico fino que o acompanha como aliado, Geraldo Alckmin, hoje filiado ao PSB. O bolsonarismo supera o petismo naquela Estado, mas a relação entre o presidente Jair Bolsonaro(PL) e o seu ex-Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas(Republicanos), já enfrentou dias melhores. Rodrigo Garcia(PSDB-SP), por sua vez, corre numa raia própria, com um segmento do eleitorado fiel ao tucanato, tornando-o um candidato bastante competitivo. Na pesquisa divulgada no dia de hoje, pelo instituto Real Time Big Data, ele já aparece em segundo lugar na disputa, embora ainda dentro da margem de erro do instituto.
Fernando Haddad(PT) 33%
Rodrigo Garcia(PSDB-SP) 19%
Tarcísio de Freitas 20%
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