pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Tolerância zero com incitações ou pregações golpistas
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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Editorial: Tolerância zero com incitações ou pregações golpistas



Não surpreende as críticas dirigidas ao Ministro Alexandre de Moraes, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Os petardos partem de todos os lados e quadrantes, exceto daqueles que defendem a legalidade, o Estado Democrático de Direito e as instituições da democracia. Há um pastor tratando-o como desgraçado e convocando uma mobilização nacional dos evengélicos para um protesto contra as suas atitudes no dia  07 de setembro. Em Pernambuco, um ex-juiz e agora candidato, estaria movendo uma ação contra o presidente do TSE, alegando que ele estaria, de acordo com o autor da ação, estrapolando as suas funções de magistrado, pedindo o seu afastamento do cargo.

Alexandre de Moraes vai precisar de toda a resiliência e equilíbrio possíveis para suportar tais investidas daqueles que não concordam com as suas ações. Aqueles que confundem liberdade de expressão como liberdade de agressão ou de tramar, de forma anticonstitucional, contra a democracia, seus princípios e valores. Faz algum tempo que não há um clima muito bom entre os Poderes da República. Alguns bombeiros do Executivo, até mais recentemente, segundo se informa, teriam entrado em ação no sentido de apaziguar os ânimos entre o Executivo e o Judiciário. 

No dia de ontem, através das redes sociais, foi a vez de o Presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG), ter sido atirado na cova dos leões, principalmente por grupos ligados ao bolsonarismo, em razão de suas declarações comedidas,coerentes e respeitosas em relação às ações do Judiciário em contraposição às pregações e incitações de caráter golpista. Dá a impressão que eles desejavam o apoio de Pacheco para se contrapor ao ministro Alexandre de Moraes, que não fez outro coisa que não a defesa da nossa democracia e de suas instituições, ante às ameaças veladas.

Pregar golpes de Estado no contexto de um regime democrático fere preceitos sagrados da nossa Constituição Federal e, portanto,  deve ser punido com o rigor necessário. Há rumores de sabres informando que as tessituras antidemocráticas iam muito além das simples e singelas - e até inocentes, para alguns - trocas de mensagens de WhatsApp entre grandes representantes do PIB nacional. São ações incisivas e enérgicas, aplicadas no momento certo, que podem coibir essas tramas ou arroubos golpistas. O Brasil vive um dos seus piores momentos institucionais. Volto a repetir, nossa democracia é a mais ameaçada do mundo.    

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