Esta frase foi dita por um empresário da extrema-direita, no contexto político das eleições presidenciais de outubro próximo. Outras expressões - não menos preocupantes - foram reveladas recentemente, partindo de uma elite empresarial de pensamento dito liberal, que se identifica com o apoio ao governo, colaborando financeiramente para a manutenção do atual mainstream, seja apoiando candidatos, seja patrociando plataformas midiáticas que se identificam com o atual projeto de poder.
O clima político atual não é de calmaria. Teremos tempos nebulosos pela frente sem a menor dúvida. Impossível uma campanha política ocorrer sem turbulências nas atuais circunstâncias de crise institucional. A campanha de 2018 foi vencida por Jair Bolsonaro com uma narrativa antipetista, ancorada nos casos de corrupção nos Governos da Coalizão, revelados no bojo da Operação Lava-Jato. Por aquela época - possivelmente ancorada em pesquisas - os analistas políticos concebiam que, para chegar ao Planalto, o candidato de oposição teria que construir uma narrativa antipetista.
Nesta esteira Jair Bolsonaro foi eleito presidente do país, até mesmo com o apoio de certos setores da mídia, que deram uma mãozinha, disseminando grampos ilegais. Esta narrativa, ao longo dos anos - e de algumas contradições, como os casos de corrupção num governo que preconiza estar imune a isto -diluiram sensivelmente tal narrativa, mas ela continua ainda presente no imaginário popular. Com o início da campanha pelo rádio e pela televisão, certamente, isso tende a voltar com toda força, a julgar pelas "preocupações" dessa elite empresarial de ultra-direita e golpista.
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