pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Os bons ventos de agosto para a campanha de Jair Bolsonaro
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domingo, 7 de agosto de 2022

Editorial: Os bons ventos de agosto para a campanha de Jair Bolsonaro



O grande inimigo de Jair Bolsonaro(PL) nas eleições presidenciais de 2022 não seria Lula, mas os grandes gargalos da economia, refletido na carestia de itens da cesta básica, inflação em alta e os preços insuportáveis dos combustíveis, mexendo com o humor do motorista\eleitor. O empobrecimento da população e as taxas de desemprego também devem ter dado a sua contribuição para os baixos índices de aprovocação do seu Governo, o que respingava, de forma crucial, em seu projeto de continuar como inquilino do Palácio do Planalto. Os combustíveis estão em baixa e a inflação em queda moderada, o que contribui para as mudanças de rumo sobre a avaliação do seu Governo. 

Os rumos da política econômica são determinantes num projeto de reeleição. Os analistas políticos observam que um governante com índices de desaprovação acima de 40% praticamente não se reelege. Pela última pesquisa da Quaest\Genial, Jair Bolsonaro melhorou neste quesito, mas ainda ostenta 47% de desaprovação do seu governo. Antes tinha 50%. Na série histórica do Instituto, coordenado pelo cientista político Felipe Nunes, da Universidade Federal de Mnas Gerais, esta foi a pesquisa onde o presidente Jair Bolsonaro apresentou seu melhor desempenho. Como se sabe, logo em seguida veio a pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas apontanto que sua diferença para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva havia caído senssivelmente, para 5,5 pontos. Ontem foi a vez do Instituto GERP apontar um empate entre ambos, numericamente falando. 

Ao fim e ao cabo, o que se pode concluir é que os ventos de agosto estão soprando favoravelmente ao presidente Jair Bolsonaro. As medidas adotadas para reverter este quadro dasfavorável que ele apresentava nas pesquisas de intenção de voto até então são polêmicas, artificiais, arriscadas e com prazo determinado de validade. Nós acrescentaríamos que são medidas irresponsáveis também, posto que fura o teto dos gastos, criando sérios problemas para as contas públicas. Tentem, porém, explicar isso para os 90 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, do Vale-Gás ou do Voucher.

Salvo melhor juizo, o Auxílio começa a ser pago apenas no dia 09\08, mas, mesmo assim, sua imagem junto a esses segmentos também já teria  melhorado bastante.  Não seria improvável que, durante a campanha oficial, Lula utilize o seu tempo de televisão - que seria o maior entre os candidatos - para tentar explicar à população sobre tais artifícios de caráter eleitoreiro e a temporalidade dos efeitos dessa PEC Kamikaze. A questão é se ele conseguirá convencer tais beneficiários. Melhor admitir logo que irá continuar pagando o tal Auxílio Brasil, no contexto de uma economia estável, onde tal benefício não seja corroído pela inflação. Esta, aliás, é uma das reivindicações do ex-candidato do Avante, André Janones, nas negociações para apoiar o petista ainda no primeiro turno das eleições de outubro.   

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