Como bem observou o consultor e articulista de Veja, Thomas Traumann, no site da revista, a entevista de hoje, no Jornal Nacional, com duração prevista de 40 minutos, pode ser decisiva numa eleição. O analista enfatiza que tal entrevista possue algumas particularidades que a diferem sensivelmete da propaganda eleitoral gratuita, transmitida pelo Rádio e a Televisão. Na bancada do JN é ao vivo, sem direito a edições. Um tropeço aqui, um escorregão ali, uma fala mal interpretada pelos milhões de ouvintes do telejornal pode signficar algo capaz de produzir um estrago sem tempo hábil para corrigir.
A assessoria do candidato, sabedora dessas nuances, teria aconselhado a ele orientar-se por algumas diretrizes específicas, inclusive aconselhando-o a um treinamento. Ele teria concordado com as recomendações, mas dispensou o treinamento. Existe algumas indisposições evidentes entre o presidente e a Rede Globo e o temor é que isso possa aflorar, de alguma forma, durante a entrevista. Jair Bolsonaro, como se sabe, é um sujeito imprevisível.
Nesta fase da campanha - onde ele vem recuperando terreno - seus assessores agem em duas frentes. A primeira dela é o aconselhamento ostensivo para que ele evite fazer declarações polêmicas, em contraposição às urnas, à demcoracia e ao STF. Numa outra frente, eles constróem uma espécie de ponte com atores e poderes como o TSE, com o objetivo de diminuir a temperatura em relação ao Executivo. A recomendação dos assessores seria a de que ele tente focar nas conquistas do seu governo,mas, ele teria dito que não tem como deixar de falar nos escândalos do PT durante os governos da coalizão petista. Só mesmo sentando no sofá logo mais, para acompanhar a sua entrevista, a primeira de uma série com os candidatos que concorrem ao Planalto nas próximas eleições.
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