Está programada para logo mais a posse do Ministro Alexandre de Moraes como Presidente do Superior Tribunal Eleitoral. Nesta condição, ele será o xerife das próximas eleições de outubro, tornando-se uma espécie de árbitro de todo o processo eleitoral. Coube ao ministro Edson Fachin, na condição de Presidente daquela Corte, colocar em ordem as coordenadas que deverão orientar as diretrizes sobre o próximo pleito. Durante esse período, enfrentou com equilíbrio, moderação e energia e determinação necessária - quando as circunstâncias assim o exigiam - as intromissões indevidas e ilações sobre o processo eleitoral, assim como os ataques insanos às urnas eletrônicas, uma prática que ficou conhecida como "negacionismo eleitoral".
Com isso, ele ajudou o máximo possível a vida do seu sucessor no cargo. Mas, por outro lado, sabemos também que, diante dos impasses institucinais que o país enfrenta, o inverno tende a ser rigoroso. Impossível ter uma eleição tranquila ou regular diante de tanto acirramento, com ameaças veladas às instituições democráticas ou arroubos autoritários recorrentes. O ministro Alexandre de Moraes tem a consciência de que precisará de todo o aparato jurídico e pessoal de que dispõe para enfrentar as adversidades que estão por vir.
Neste momento nevrálgico, seria de bom alvitre uma trégua, um armistício para que o barco da democracia seja conduzido à terra firme. Nem sempre, porém, isso se torna possível diante do pote até aqui de mágoas produzidas. Nos escaninhos da política, comenta-se que assessores palacianos teriam procurado o STF imbuídos desse propósito, entendendo que, uma paz, neste momento, ajudaria a assoprar, inclusive, os bons ventos da campanha governista. Por aqui, desejamos toda a sorte do mundo ao futuro Presidente do Superior Tribunal Eleitoral.
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