Conforme já havíamos afirmado na postagem anterior, vai se desenhando, em Pernambuco, a polarização política que ocorre no plano da disputa presidencial pelo Palácio do Planalto. A divulgação dos resultados da pesquisa do Instituto Real Time Big Data, pelo site da revista Veja, sobre os candidatos que concorrem ao Senado Federal por Pernambuco dá bem a dimensão deste fenômeno, não sem algumas particularidades. Na corrida pelo Governo do Estado, o candidato do PL, Anderson Ferreira, já aparece em empate numérico com a candidata Raquel Lyra, do PSDB, em segundo lugar, e o seu companheiro de chapa, Gilson Machado, ex-Ministro do Turismo do Governo Bolsonaro, lidera a corrida para o Senado Federal, com 15% das intenções de voto, empatado, dentro da margem de erro do instituto, com a candidata do PT, na chapa com Danilo Cabral, do PSB, com 18% das intenções de voto.
É curioso observar que, a despeito das dificuldades encontradas pelo candidato Danilo Cabral, Teresa Leitão consegue esse desprendimento político, liderando a disputa, ela que, em princípio, seria uma candidata de perfil mais urbano, de região metropolitana. Parece que a vez mesmo é das mulheres. O presidente Jair Bolsonaro tem jogado forte em favor dos seus representantes no Estado, prestigiando os atos de campanha, realizando videoconferências quando não pode comparecer fisicamente. Tem uma relação pessoal, de amizade com Gilson Machado, seu ex-ministro.
O eleitor faz algumas escolhas curiosas. O eleitor de Bolsonaro é o eleitor de Anderson e o eleitor de Gilson Machado. Ambos aparecem com 15% das intenções de voto na pesquisa do Instituto, o que sugere que o eleitor de ambos está votando fechado. O mesmo não se pode dizer entre Marília Arraes e André de Paula, assim como entre Danilo Cabral e Teresa Leitão. Não sei se já existe algo programado, mas sinto muito que, até este momento, não tenha sido realizado nenhum debate entre os candidatos que concorrem ao Governo do Estado.
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