pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O primeiro debate para o Governo de São Paulo
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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Editorial: O primeiro debate para o Governo de São Paulo



Hoje, 07\08, a Rede Bandeirantes realizou o seu primeiro debate com os candidatos que concorrem ao Governo de São Paulo nas eleições de 2022. A Rede Bandeirantes sai na frente, com uma grande espertise e tradição na realização desses debates políticos.  Trata-se de um dos trunfos da emissora de televisão, que já anuncia que no próximo dia 28\07 será a vez de reunir os candidatos que concorrem ao Palácio do Planalto. Ainda não sabemos se todos os concorrentes já teriam confirmado presença, mas, como já informamos anteriormente, estamos numa fase da campanha em que qualquer deslize pode ser fatal para as pretenções dos candidatos. Como observou o jornalista Fernando Mitre, da emissora, uma cadeira vazia sempre produz algum dano ao faltoso. 

Ontem, durante os debates de aspirantes aos governos estaduais, duas ausências foram insistentemente criticadas. A do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto(UB-BA), e ado governador de Minas Gerais, Romeu Zema(Novo), que concorre à reeleição. São dois candidatos muito bem cotados, mas não tenha dúvida de que as ausências se refletirão na avaliação da população, causando algum estrago. É bom que esses candidatos mostrem suas caras até mesmo para aquele eleitor que não os conhece. 

Ontem, por exemplo, no debate de São Paulo, tivemos duas gratas surpresas: o candidato do PDT, Elvis Cézar, sobre o qual consta excelentes avaliações de sua atuação como gestor público municipal, e o jovem candidato do Novo, Vonícius Poit, que nos pareceu bem preparado. Quando se discute a sucessão no Palácio Bandeirantes, esses nomes sequer aparecem, ofuscados pelas candidaturas de Fernando Haddad(PT), Rodrigo Garcia(PSDB-SP) e Tarcísio de Freitas. Esses candidatos se saíram bem durante o debate e isso contribui para a melhorar o nível das discussões sobre os problemas da cidade, assim como as possíveis soluções.  

Como o clima político está bastante acirrado, as farpas trocadas seriam inevitáveis, como uma recomendação do candidato do Republicanos, o ex-Ministro de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, que sugeriu aos ouvintes que pesquisassem o no Google sobre quem seria o pior prefeito de São Paulo. A réplica do petista veio logo em seguida, recomendando aos internautas realizarem a mesma pesquisa, apenas com um assunto diferente: genocida, numa evidente alusão às vítimas da Covid-19. Este primeiro debate sugere uma amostra do que poderá estar por vir por aí, com o primeiro arsenal daquilo que deverá ser explorado dos adversários durante a campanha. Haddad, o candidato do PT, por exemplo, fala de cátedra sobre um tema que ele entende muito bem: educação. 

Foi um dos melhores ministro da educação, responsável por programas de inclusão educativa que transformaram a face deste país no tocante às oportunidades educacionais. Como não tem o  que mostrar ou propor sobre o assunto - talvez Garcia ainda possa falar na condição de gestor da máquina estadual - a tendência é que o velho e surrado tema da corrupção no governo petista no plano nacional seja explorado na disputa estadual, pelo candidato identificado com o bolsonarismo. Esta é uma nódua com a qual o PT terá que lidar ainda por alguns anos. Ainda está muito presente no imaginário popular e não pode ser ignorada. 

Assim como está se desenhando na disputa nacional entre Lula e Bolsonaro - ambos já aparecem empatados na disputa pelo Palácio do Planalto - ali também, tradicional reduto tucano, o candidato do PT, Fernando Haddad, não terá vida fácil. Será exposto no pelourinho político, com direito a banho de água de sal depois das chibatadas. Terá que ter muita capacidade de resiliência para resistir às intempéries, a julgar pelas provocações a ele dirigidas durante este primeiro debate. 

A claque de Rodrigo Garcia foi a mais ruidosa durante os debates, exigindo a intervenção do coordenador do debate em várias oportunidades. Talvez nem precisasse, uma vez que o candidato possui uma larga experiência na máquina estadual, tendo passado por 05 secretarias distintas, em 5 diferentes governos tucanos. Tem São Paulo na palma da mão, é tranquilo e experiente na vida pública. São indicadores que nos vão fornecendo algumas pistas sobre a sua ascendência nas pesquisas de intenção de voto, além, claro, do seu berço tucano.   

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